Conta a lenda que um belo índio, disputado por todas as jovens da tribo, foi morto por seu rival.
Mas, como que por encanto, o corpo desapareceu, transformado em um pássaro invisível.
Desse dia em diante, apaixonadas e saudosas, as índias ouviam apenas um canto maravilhoso, que povoava de harmonia os recantos da floresta, mas afastava-se sempre que elas o perseguiam.
Desse dia em diante, apaixonadas e saudosas, as índias ouviam apenas um canto maravilhoso, que povoava de harmonia os recantos da floresta, mas afastava-se sempre que elas o perseguiam.
Era o belo índio que haviam perdido para sempre, encantado no pássaro de voz mais melodiosa da mata.
Era o Uirapuru.
Seu canto soa puro e delicado, como o de uma flauta.
E a Floresta Amazônica silencia em reverência ao mestre dos pássaros.
Índios e sertanejos se emocionam.
Poucos têm a oportunidade de ouvir o pequeno pássaro, que canta apenas alguns minutos, ao alvorecer e ao anoitecer, durante os 15 dias do ano em que constrói seu ninho.
Ao som de seu canto, homens e mulheres apressam-se a fazer pedidos, confiantes de que serão prontamente atendidos.
Muitos buscam suas penas, e até mesmo pedaços do ninho, aos quais atribuem poderes mágicos.
Acreditam que uma de suas penas dará aos homens sorte no amor e nos negócios.
E um pedaço de seu ninho garantirá às mulheres a paixão e a fidelidade do amado, para sempre.
Estas são apenas algumas das muitas histórias sobre o Uirapuru o pequeno grande cantor da Floresta Amazônica, que encanta a todos, e inspira lendas.