Ela
descobriu na gestação que o bebê tinha um problema cardíaco que
exigiria uma cirurgia no pós-parto. Queria parir mas não sabia o quanto o
sonho de um parto normal teria que ser deixado de lado em nome da vida
do filho.
Descobriu que todas as mulheres que tinham
diagnóstico semelhante acabavam em cesáreas. Mas descobriu mulheres que
só sabiam do diagnóstico no pós parto. Tabulou e chegou a conclusão que
esses bebês que nasciam de parto normal tinham uma recuperação melhor.
Saiu rompendo com o sistema. Encontrou um obstetra que abraçou o caso.
Uma cardiologista que ajudou a empodera-la. Um dia antes de parir o
Hospital escolhido recuou: ela quem iria parir na sala PPP, em que o
pré, parto e pós parto acontecem não poderia ser usado por ela por conta
da gestação ser considerada de risco.
O parto teria que ser no bloco. Chorou, sentiu-se de mãos atadas. Disse
para ela: agora é hora de confiar, hora de saber que onde você for terá
o seu parto. Vamos fazer daquele bloco uma casa de parto.
Ela entrou em trabalho de parto, contrações irregulares. Fui lá pela
manhã. Fizemos um escalda pés com uma linda vizualização: lá pedi para
que ela acionasse o melhor de cada pessoa que ela escolheu para estar
com ela no parto. Depois de um banho, fiz uma massagem relaxante e
deixei-a dormindo. Fui de ônibus para casa, mas só cheguei no centro da
cidade. As contrações vieram com vontade.
Terminei o almoço e
corri de volta. O Obstetra resolveu avalia-la em casa: dilatação
completa. Mudanças de planos e a Maternidade escolhida teria que ser
outra. Mas como diz numa frase indiana: isso é perfeito. Aquilo é
perfeito.
Quando tiramos uma pequena parte da perfeição o que temos é ainda, perfeito. De plantão uma excelente pediatra.
Cheguei lá e encontrei ela nos braços do marido, de olhos fechados. O obstetra sentado no chão, a pediatra ao lado.
Sem intervenção ou medo, o João chegou. Pouco a pouco em um expulsivo de uns 30 minutos. O oposto de medo é amor.
Cercada de amor nasceu uma mulher que venceu a si mesma, seus medos,
que venceu o sistema e pariu. Ele não foi aspirado, separado ou
esfregado. Ficou mais de 40 minutos no colo de Juliana. Foram
respeitados e sobretudo, amados. Foi uma honra registrar e participar
deste nascimento, desta história.
Tenho certeza que o vivido
vai dar forças para o que vem por aí. E tenho fé de que o fim desta
história será de uma felicidade sem fim. No início, amor. No final,
amor. No meio temos que nos abrir para o medo para deixar valer o amor.
— com Juliana Matos.
Ela
descobriu na gestação que o bebê tinha um problema cardíaco que
exigiria uma cirurgia no pós-parto. Queria parir mas não sabia o quanto o
sonho de um parto normal teria que ser deixado de lado em nome da vida
do filho.
Descobriu que todas as mulheres que tinham diagnóstico semelhante acabavam em cesáreas. Mas descobriu mulheres que só sabiam do diagnóstico no pós parto. Tabulou e chegou a conclusão que esses bebês que nasciam de parto normal tinham uma recuperação melhor.
Saiu rompendo com o sistema. Encontrou um obstetra que abraçou o caso. Uma cardiologista que ajudou a empodera-la. Um dia antes de parir o Hospital escolhido recuou: ela quem iria parir na sala PPP, em que o pré, parto e pós parto acontecem não poderia ser usado por ela por conta da gestação ser considerada de risco.
O parto teria que ser no bloco. Chorou, sentiu-se de mãos atadas. Disse para ela: agora é hora de confiar, hora de saber que onde você for terá o seu parto. Vamos fazer daquele bloco uma casa de parto.
Ela entrou em trabalho de parto, contrações irregulares. Fui lá pela manhã. Fizemos um escalda pés com uma linda vizualização: lá pedi para que ela acionasse o melhor de cada pessoa que ela escolheu para estar com ela no parto. Depois de um banho, fiz uma massagem relaxante e deixei-a dormindo. Fui de ônibus para casa, mas só cheguei no centro da cidade. As contrações vieram com vontade.
Terminei o almoço e corri de volta. O Obstetra resolveu avalia-la em casa: dilatação completa. Mudanças de planos e a Maternidade escolhida teria que ser outra. Mas como diz numa frase indiana: isso é perfeito. Aquilo é perfeito.
Quando tiramos uma pequena parte da perfeição o que temos é ainda, perfeito. De plantão uma excelente pediatra.
Cheguei lá e encontrei ela nos braços do marido, de olhos fechados. O obstetra sentado no chão, a pediatra ao lado.
Sem intervenção ou medo, o João chegou. Pouco a pouco em um expulsivo de uns 30 minutos. O oposto de medo é amor.
Cercada de amor nasceu uma mulher que venceu a si mesma, seus medos, que venceu o sistema e pariu. Ele não foi aspirado, separado ou esfregado. Ficou mais de 40 minutos no colo de Juliana. Foram respeitados e sobretudo, amados. Foi uma honra registrar e participar deste nascimento, desta história.
Tenho certeza que o vivido vai dar forças para o que vem por aí. E tenho fé de que o fim desta história será de uma felicidade sem fim. No início, amor. No final, amor. No meio temos que nos abrir para o medo para deixar valer o amor.
— com Juliana Matos.Descobriu que todas as mulheres que tinham diagnóstico semelhante acabavam em cesáreas. Mas descobriu mulheres que só sabiam do diagnóstico no pós parto. Tabulou e chegou a conclusão que esses bebês que nasciam de parto normal tinham uma recuperação melhor.
Saiu rompendo com o sistema. Encontrou um obstetra que abraçou o caso. Uma cardiologista que ajudou a empodera-la. Um dia antes de parir o Hospital escolhido recuou: ela quem iria parir na sala PPP, em que o pré, parto e pós parto acontecem não poderia ser usado por ela por conta da gestação ser considerada de risco.
O parto teria que ser no bloco. Chorou, sentiu-se de mãos atadas. Disse para ela: agora é hora de confiar, hora de saber que onde você for terá o seu parto. Vamos fazer daquele bloco uma casa de parto.
Ela entrou em trabalho de parto, contrações irregulares. Fui lá pela manhã. Fizemos um escalda pés com uma linda vizualização: lá pedi para que ela acionasse o melhor de cada pessoa que ela escolheu para estar com ela no parto. Depois de um banho, fiz uma massagem relaxante e deixei-a dormindo. Fui de ônibus para casa, mas só cheguei no centro da cidade. As contrações vieram com vontade.
Terminei o almoço e corri de volta. O Obstetra resolveu avalia-la em casa: dilatação completa. Mudanças de planos e a Maternidade escolhida teria que ser outra. Mas como diz numa frase indiana: isso é perfeito. Aquilo é perfeito.
Quando tiramos uma pequena parte da perfeição o que temos é ainda, perfeito. De plantão uma excelente pediatra.
Cheguei lá e encontrei ela nos braços do marido, de olhos fechados. O obstetra sentado no chão, a pediatra ao lado.
Sem intervenção ou medo, o João chegou. Pouco a pouco em um expulsivo de uns 30 minutos. O oposto de medo é amor.
Cercada de amor nasceu uma mulher que venceu a si mesma, seus medos, que venceu o sistema e pariu. Ele não foi aspirado, separado ou esfregado. Ficou mais de 40 minutos no colo de Juliana. Foram respeitados e sobretudo, amados. Foi uma honra registrar e participar deste nascimento, desta história.
Tenho certeza que o vivido vai dar forças para o que vem por aí. E tenho fé de que o fim desta história será de uma felicidade sem fim. No início, amor. No final, amor. No meio temos que nos abrir para o medo para deixar valer o amor.
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