quarta-feira, 30 de junho de 2010

Conhecimento vs Sabedoria

Autor Desconhecido
Dois discípulos procuraram um mestre para saber a diferença entre Conhecimento e Sabedoria.

O mestre disse-lhes:

- Amanhã, bem cedo, coloquem dentro dos sapatos vinte grãos de feijão, dez em cada pé.

Subam, em seguida, a montanha que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado, com os grãos dentro dos sapatos.

No dia seguinte os jovens discípulos começaram a subir o monte. Lá pela metade um deles estava padecendo de grande sofrimento: seus pés estavam doloridos e ele reclamava muito.

O outro subia naturalmente a montanha. Quando chegaram ao topo um estava com o semblante marcado pela dor; o outro, sorridente.

Então, o que mais sofreu durante a subida perguntou ao colega:

- Como você conseguiu realizar a tarefa do mestre com alegria, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?

O companheiro respondeu:

- Meu caro colega, ontem à noite cozinhei os vinte grãos de feijão.

É comum que se confunda Conhecimento com Sabedoria, mas essas são coisas bem diferentes. Se prestarmos atenção, podemos verificar que a diferença é clara e visível. O Conhecimento é o somatório das informações que adquirimos, é a base daquilo que chamamos de Cultura.

Podemos adquirir Conhecimento sem sequer vivermos uma experiência fora dos livros e das aulas teóricas. Podemos nos tornar Cultos sem sairmos da reclusão de uma biblioteca.

Já a Sabedoria, por outro lado, é o reflexo da vivência, na prática, quer pela experimentação, quer pela observação, da utilização dos conhecimentos previamente adquiridos.

Para se ser Sábio é preciso viver, experimentar, ousar, ponderar, amar, respeitar, ver e ouvir a própria vida.

É preciso buscar, sim, o conhecimento, a informação. Deve-se atentar para não se tornar alguém fechado em si mesmo e no próprio processo de aprendizado.

Fazer isso é o mesmo que iniciar uma viagem e se encantar tanto com a estrada a ponto de se esquecer para onde se está indo.

E isso não parece ser uma atitude muito sábia.

Então, sejamos Sábios: vivamos, amemos e compartilhemos o que há em nossos corações!

E que saibamos cozinhar nossos feijões...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pessoas especiais.

Autora: © Letícia Thompson

Todos nós queremos ser pessoas especiais. Mais que uma questão de ter o ego saciado, sentir-se especial é sentir-se valorizado, diferente, mas de maneira enriquecedora.

Que somos únicos todo mundo fala. Não existem duas pessoas iguais, mesmo se a semelhança entre muitas pode ser extraordinária vez ou outra. Deus nos fez assim, diferentes, semelhantes e criaturas dele como todas essas maravilhosas coisas que nos cercam.

Mas acontece de nos sentirmos pequenos e insignificantes. Nem sempre sabemos lidar com nossos problemas e as coisas parecem tomar uma proporção muito maior do que são na realidade. Quantas vezes sentimos que o chão se abre sob nossos pés e nos perguntamos onde encontraremos forças para não cair! E nos perguntamos ainda onde outras pessoas conseguem encontrar forças, como conseguem, como levantam a cabeça, se erguem e vencem!

O que torna realmente uma pessoa especial em relação a outra não é o fato dela ter nascido com melhores condições. Se assim fosse, Jesus estaria entre a classe dos comuns, pois não poderia ter vindo ao mundo de maneira mais humilde.

O que torna uma pessoa especial é a sua vontade, convertida em capacidade de lidar com os tropeços da vida, as dúvidas, quedas, doenças e tantos outros impecilhos ao bem-viver. Para uns é mais fácil do que para outros sim, mas para todos é possível olhar para o Alto, se inclinar, trabalhar consigo e com suas emoções, dar a volta por cima e sair vitorioso.

O que nos segura e mantém vivos é a nossa fé, nossa esperança num amanhã ou numa eternidade que sabemos que está à nossa frente e nos espera. Como provar nossos conhecimentos se não passarmos por provas?

Cada dia quando fechamos a porta do último minuto e nos preparamos para o dia seguinte, é uma vitória alcançada.

Pessoas especiais aos olhos de Deus são as que não desistem, as que se voltam, recuam quando necessário e avançam quando preciso. São as que nunca perdem a coragem, mesmo nas aflições.

As que guardam a calma na tormenta porque tiraram da vida as lições, as que sabem que Deus não nos abandona, mas respeita, embora com tristeza, quando nos afastamos dEle.

Pessoas especiais abrem-se ao mundo e o abraçam. E por onde passam vão deixando rastros de luz, perfume de sabedoria, esperança para os que ficaram para trás, exatamente como deseja o coração de Deus.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O equílibrio entre o ser e o ter.

Autor:  (*)

Vivemos em um mundo que valoriza extremamente os bens materiais. Em sua maioria, as pessoas valorizam ou não o próximo, a partir do que o outro possui e aparenta, e não pela essência de seu ser.

Em um mundo dominado por nações materialistas e ainda sem ter alcançado suficiente desenvolvimento espiritual, grande parte das pessoas dedica sua vida a acumular dinheiro e bens materiais.

Desde cedo as crianças se acostumam a ter o que querem. E passam a valorizar seus amigos por suas aparências.

O que ocorre é que, sem reservas morais suficientes, muitos se tornam verdadeiros escravos da posse material e, muitas vezes, escravizam outros para atingir seus objetivos.

Sem dúvida que as posses materiais são uma conquista sócioeconômica do ser humano, ao longo de suas inúmeras jornadas na Terra.

O desenvolvimento material das sociedades é importante, pois gera melhorias na qualidade de vida, incentiva o desenvolvimento da indústria, do comércio, das ciências, das artes.

Todas essas conquistas permitem à Humanidade superar obstáculos de sobrevivência básica e, com isso, a possibilidade de desenvolver seu lado espiritual e moral.

A conquista do ter é dever de todos. A família depende dos recursos materiais para seu desenvolvimento, bem como a sociedade.

A conquista do ter, contudo, jamais deve ser mais importante que a do ser, que é a conquista dos valores morais e leva o indivíduo a elevar-se como Espírito.

O risco da posse ou da aquisição da propriedade não está no fato em si, mas da maneira como isto se dá e no que representa emocionalmente.

A aquisição de bens materiais não deve ter como base a avareza, e como objetivo a conquista de posição social passível de inveja ou de submissão de outrem.

A conquista material deve ser resultado do trabalho digno e constante, frequentemente oriundo de uma profissão baseada em estudo e preparo.

A conquista material deve prover conforto e equilíbrio àqueles que a possuem, mas jamais levar ao desequilíbrio das posses supérfluas e do modo de vida de ostentação e prazeres intermináveis.

Quem acumula bens materiais em quantidade superior àquela necessária à sua dignidade bem como de sua família, tem uma obrigação moral: dividir seus bens de uma maneira inteligente e sensata.

Obviamente que a doação àqueles que necessitam é necessária e nobre, mas a verdadeira divisão é baseada na geração de empregos e desenvolvimento.

Para ter tal lucidez é preciso que o indivíduo já tenha maior evolução espiritual a fim de que possa perceber que de nada serve uma fortuna acumulada em instituições financeiras e transformada apenas em bens de uso próprio.

É preciso ter equilíbrio, é preciso pensar no próximo, é preciso ser mais do que ter.

A felicidade, na Terra, independe do que se tem, mas se constitui naquilo que o ser cultiva interiormente em termos de amor sincero, ilimitado e em simplicidade.

(*) Redação do Momento Espírita com base no cap. Propriedade, do livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,ed. Leal.

Os dois cavalos!

Autor desconhecido

Na estrada de minha casa, há um pasto onde vivem dois cavalos.

De longe, parecem cavalos normais mas, quando olhamos bem, percebe-se que um deles é cego. Contudo, o dono não se desfez dele e arranjou um amigo, um cavalo mais jovem.

Isto é de admirar!

Ao observá-los, ouviremos um pequeno sino, e este está no pescoço do cavalo menor. Assim, o cavalo cego sabe onde está o seu companheiro e vai até ele.

Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo.

Percebemos que o cavalo com o sino está sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes pára, para que o outro possa alcançá-lo. E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo.

Como o dono, desses dois cavalos, Deus não se desfaz denós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios. Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio, quando precisamos.

Algumas vezes somos como o cavalo cego, guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas. Outras vezes, somos como o cavalo guia, ajudando outros a encontrar seu caminho. E assim são os bons amigos! Não precisamos vê-los, mas estão presentes em nossas vidas!

Por favor, ouça o meu pequeno sino; eu também ouvirei o seu.

Ame generosamente,

Cuide com devoção,

Fale com bondade...

E confie, deixando as demais coisas para Deus..