domingo, 28 de junho de 2009

Velhas árvores


Autor: Olavo Bilac

Olha esta velhas árvores,mais belas
Do que a àrvores novas, mais amigas.
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consôlo aos que padecem!

domingo, 21 de junho de 2009

Causa da confusão mental dos idosos.


Dr. Arnaldo Lichtenstein (*)

Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:

"Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?"

Alguns arriscam: "Tumor na cabeça". Eu digo:"Não". Outros apostam: "Mal de Alzheimer". respondo, novamente: "Não".

A cada negativa a turma espanta-se. E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária e a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.

Parece brincadeira, mas não é.

Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.

Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.

A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial,aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), e até morte.
Insisto: não é brincadeira.

Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%. Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.

Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica. Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.

Explico: nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível. Quando ele cai, aciona-se automaticamente um "alarme". Pouca água significa menor quantidade sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias.

Por isso, o corpo "pede" água. A informação é passada ao cérebro, a gente sente sede e sai em busca de líquidos.

Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes. A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.

Conclusão: idosos desidratam-sefacilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta o dia estar quente ou a umidade do ar baixar muito - como tem sido comum nos últimos meses.

Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e pelo suor. Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.

Por isso, aqui vão dois alertas:

O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário e rotineiro o hábito de beber líquidos.
Bebam toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite, sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!

Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos.

Lembrem-lhes de que isso é vital. Ao mesmo tempo, fiquem atentos.

Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para ooutro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, ATENÇÃO! pois é quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação.

Líquido neles e os encaminhem rápido para um atendimento médico".

Para que nossa saúde seja boa, tomar de um a dois litros de água mineral todos os dias é o ideal.

E nos dias mais quentes dois litros é o recomendado.
Para as vovós e vovôzinhos, um pouquinho menos ou na quantidade que seus organismos exigem.

Para todos os que podem, inclusive nós: Atividades aquáticas, como nadar, exercícios na água, banhos de mar, rio, cachoeiras ou mesmo um simples passeio a beira-mar ou próximo a lagoas, riachos ou rios, já nos revigora e muda a energia.

Os banhos diários devem ser feitos com calma, deixando a água que cai, percorrer nosso corpo todo enquanto nos desligamos do mundo lá fora!

Água é vida!

(*)Médico do Hospital das Clinicas de São Paulo. Professor colaborador do departamento de clinica médica da Faculdade de Medicina da USP.

Ser Feliz!!!


Autor desconhecido.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.

Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.

Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Jamais desista de si mesmo.

Jamais desista das pessoas que ama.

Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um obstáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Pedras no caminho?

Guardo todas, pois com elas construirei um castelo...

AFINIDADE


Artur da Távola (jornalista e ex-senador)

Não é o mais brilhante,mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. Não importa o tempo, a ausência, os adiantamentos, a distância, as impossibilidades

Quando há AFINIDADE, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato onde foi interrompido.

AFINIDADE é não haver tempo mediante a vida. É a vitória do adivinhado sobre o real, do subjetivo sobre o objetivo, do permanente sobre o passageiro, do básico sobre o superficial.

Ter AFINIDADE é muito raro, mas quando ela existe, não precisa de para se manifestar. Ela existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixam de estar juntas.

AFINIDADE é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem, sensibilizam.

AFINIDADE é receber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento.

AFINIDADE é sentir com... Nem sentir contra, sem sentir para... Sentir com e não ter necessidade de explicação do que está sentindo. É olhar e perceber.

AFINIDADE é um sentimento singular, discreto e independente. Pode existir a quilômetros de distância, mas é adivinhado na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar...

AFINIDADE é retomar a relação no tempo em que parou. Porque ele (tempo) e ela (separação) nunca existiram. Foi apenas a oportunidade dada (tirada) pelo tempo para que a maturação pudesse ocorrer e que cada pessoa pudesse ser cada vez mais.

sábado, 20 de junho de 2009

Não julgue precipitadamente.


Conforme o tempo passa, mais certeza eu tenho que não existe UMA verdade e sim ângulos e olhares diferentes sobre o que nos acontece. E quando vc percebe isso de uma maneira visceral, tudo se transforma na relação com o mundo e com os outros ...

Mensagem Budista:
Evite cometer injustiças com interpretações precipitadas e exclusivistas.

Dupla percepção
Você diz que é um sapo e eu juro que é um cavalo!

Lição:

Este desenho nos ensina claramente que devemos sempre respeitar as outras opiniões.

É necessário esperar e ouvir atentamente os outros porque eles também têm o seu ponto de vista.

Respeitar a opinião dos outros é olhar para a mesma verdade e saber que esta poderá ser vista de forma bem diferente por cada um.

E assim, com toda certeza, deixar de cometer injustiça com as precipitações.

O charme do desenho e sua lição enigmática consiste no fato de que, "na história nada muda e mesmo assim, tudo é completamente diferente".

"O que move uma pessoa não são os músculos, e sim a força do pensamento". (Aldous Huxley)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O relógio da vida. (SR)


Autor: Sergio L. M. Rocha (*)
A alegria e o prazer de viver são os ingredientes básicos para uma vida saudável e longeva, apesar de termos a impressão de que, quando passamos dos cinqüenta, o relógio parece estar sempre adiantado.

Há muito deixei de usar relógio, foi como um grito de liberdade da escravidão da preocupação com as horas e minutos.

Descobri que a natureza é suficiente para nos servir de relógio e mais, desenvolvemos uma percepção do tempo que é suficiente, para nos manter alertas, quando temos um horário a cumprir.

Raramente perguntamos que horas são?

Na verdade passamos mais a utilizar o relógio como enfeite, do que propriamente como algo que nos vicia, controla e oprime.

Acreditem, a natureza é o melhor relógio e nos faz ter a impressão de que a vida passa mais devagar, além de nos oferecer muitas outras coisas interessantes que aprendemos a perceber e sentir.

(*) Sergio L. M. Rocha é Administrador de empresas e Consultor.

Aula de mestre - A bananada da vovó.

Prof. Weber Figueiredo (weber@globo.com)
O professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Weber Figueiredo, deu uma última aula para seus ex-alunos, em 13 de agosto de 2002.

Diante de uma platéia de formandos, acompanhados de seus pais, o professor paraninfo da turma, discursou sobre o Brasil.

Leia o que disse o Prof. Weber Figueiredo.

“Ilustríssimos Colegas da Mesa, Senhor Presidente, meus queridos alunos, Senhoras e Senhores.
Para mim é um privilégio ter sido escolhido paraninfo desta turma. Esta é como se fora a última aula do curso. O último encontro, que já deixa saudades. Um momento festivo, mas também de reflexão.Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de direito, talvez eu falasse a importância do advogado que defende a justiça e não apenas o réu. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de medicina, talvez eu falasse da importância do médico que coloca o amor ao próximo acima dos seus lucros profissionais. Mas, como sou paraninfo de uma turma de engenheiros, vou falar da importância do engenheiro para o desenvolvimento do Brasil.
Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo. É isso mesmo.
Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó.A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação.A bananada é = (a banana + outros ingredientes + a energia térmica fornecida pelo fogão + o trabalho da vovó...e + o conhecimento, ou tecnologia da vovó).
A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza.
E a vovó?
Bem, a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária.
Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas.
Um quilo de banana custa um real.
Já um quilo da bananada custa cinco reais.
Por que essa diferença de preços?
Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas.
Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada.
Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana, mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.
Agora vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial de mercadorias.
Em média: 1kg de soja custa US$ 0,10 (dez centavos de dólar), 1kg de automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais, 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100, 1kg de avião custa US$1.000 (10mil quilos de soja) e 1kg de satélite custa US$ 50.000.
Vejam, quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço, mais empregos foram gerados na sua fabricação.
Os países ricos sabem disso muito bem. Eles investem na pesquisa científica e tecnológica.
Por exemplo: eles nos vendem uma placa de computador que pesa 100g por US$ 250.
Para pagarmos esta plaquinha eletrônica, o Brasil precisa exportar 20 toneladas de minério de ferro.
A fabricação de placas de computador criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto que a extração do minério de ferro cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil
O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico.
O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre.
Os países ricos, são ricos materialmente porque eles produzem riquezas.
Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre.
País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo.Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.
Gostaria de deixar bem claro três coisas:
1º) quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto;
2º) não estou defendendo o consumismo materialista como uma forma de vida, muito pelo contrário;
3º) e acho abominável aqueles que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano.
Existem nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a outros povos.
Creio que agora posso falar do ponto principal.
Para que o nosso Brasil torne-se um País rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas.
Para tal, precisamos de conhecimento, ou tecnologia já que temos abundância de recursos naturais e energia.
E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros, como estes jovens que estão se formando hoje.
Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa.
Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção.Por exemplo: o Brasil produz 5 milhões de televisores por ano e nenhum brasileiro projeta televisor.
O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado. Somos meros montadores de kits eletrônicos.
Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e, incrível, até na de alimentos.
O Brasil entra com a mão-de-obra barata e os recursos naturais.
Os projetos, a tecnologia, o chamado pulo do gato, ficam no estrangeiro, com os verdadeiros donos do negócio.
Resta ao Brasil lidar com as chamadas caixas pretas.
É importante compreendermos que os donos dos projetos tecnológicos são os donos das decisões econômicas, são os donos do dinheiro, são os donos das riquezas do mundo.
Assim como as águas dos rios correm para o mar, as riquezas do mundo correm em direção aos países detentores das tecnologias avançadas.
A dependência científica e tecnológica acarretou para nós brasileiros a dependência econômica, política e cultural.
Não podemos admitir a continuação da situação esdrúxula, onde 70% do PIB brasileiro é controlado por não residentes.
Ninguém pode progredir entregando o seu talão de cheques e a chave de sua casa para o vizinho fazer o que bem entender.
Eu tenho a convicção que desenvolvimento científico e tecnológico aqui no Brasil garantirá aos brasileiros a soberania das decisões econômicas, políticas e culturais. Garantirá trocas mais justas no comércio exterior. Garantirá a criação de mais e melhores empregos.
E, se toda a produção de riquezas for bem distribuída, teremos a erradicação dos graves problemas sociais.
O curso de engenharia da UERJ, com todas as suas possíveis deficiências, visa formar engenheiros capazes de desenvolver tecnologias.
É o chamado engenheiro de concepção, ou engenheiro de projetos.
Infelizmente, o mercado desnacionalizado nem sempre aproveita todo este potencial científico dos nossos engenheiros.
Nós, professores, não podemos nos curvar às deformações do mercado. Temos que continuar formando engenheiros com conhecimentos iguais aos melhores do mundo.
Eu posso garantir a todos os presentes, principalmente aos pais, que qualquer um destes formandos é tão ou mais inteligente do que qualquer engenheiro americano, japonês ou alemão.
Os meus trinta anos de magistério, lecionando desde o antigo ginásio até a universidade, me dá autoridade para afirmar que o brasileiro não é inferior a ninguém, pelo contrário, dizem até que somos muito mais criativos do que os habitantes do chamado primeiro mundo.
O que me revolta, como professor cidadão, é ver que as decisões políticas tomadas por pessoas despreparadas ou corruptas, são responsáveis pela queima e destruição de inteligências brasileiras que poderiam, com o conhecimento apropriado, transformar o nosso Brasil num país florescente, próspero e socialmente justo.
Acredito que o mundo ideal seja aquele totalmente globalizado, mas uma globalização que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas.
Infelizmente, isto ainda está longe de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza.Assim, quem pensa que a solução para os nossos problemas virá lá de fora, está muito enganado.O dia que um presidente da República, em vez de ficar passeando como um dândi pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas.
Só assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem verdadeiramente a sociedade brasileira.
Será a construção de um Brasil realmente moderno, mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor de recursos naturais e mão-de-obra aviltada.
Quando isto ocorrer, e eu espero que seja em breve, o nosso País poderá aproveitar de forma muito mais eficaz a inteligência e o preparo intelectual dos brasileiros e, em particular, de todos vocês, meus queridos alunos, porque vocês já foram testados e aprovados.
Finalmente, gostaria de parabenizar a todos os pais pela contribuição positiva que deram à nossa sociedade possibilitando a formação dos seus filhos no curso de engenharia da UERJ.
A alegria dos senhores, também é a nossa alegria.
Muito Obrigado."




quarta-feira, 17 de junho de 2009

POBRES ALUNOS, BRANCOS E POBRES...


Sandra Cavalcanti (*)


Entre as lembranças de minha vida, destaco a alegria de lecionar Português e Literatura no Instituto de Educação, no Rio.

Começávamos nossa lida, pontualmente, às 7h15. Sala cheia, as alunas de blusa branca engomada, saia azul, cabelos arrumados.Eram jovens de todas as camadas. Filhas de profissionais liberais, de militares, de professores, de empresários, de modestíssimos comerciários e bancários.

Elas compunham um quadro muito equilibrado. Negras, mulatas, bem escuras ou claras, judias, filhas de libaneses e turcos, algumas com ascendência japonesa e várias nortistas com a inconfundível mistura de sangue indígena. As brancas também eram diferentes. Umas tinham ares lusos, outras pareciam italianas. Enfim, um pequeno Brasil em cada sala. Todas estavam ali por mérito!O concurso para entrar no Instituto de Educação era famoso pelo rigor e pelo alto nível de exigências.Na verdade, era um concurso para a carreira de magistério do primeiro grau, com nomeação garantida ao fim dos sete anos.Nunca, jamais, em qualquer tempo, alguma delas teve esse direito, conseguido por mérito, contestado por conta da cor de sua pele! Essa estapafúrdia discriminação nunca passou pela cabeça de nenhum político, nem mesmo quando o País viveu os difíceis tempos do governo autoritário. Estes dias compareci aos festejos de uma de minhas turmas, numa linda missa na antiga Sé, já completamente restaurada e deslumbrante. Eram os 50 anos da formatura delas! Lá estavam as minhas normalistas, agora alegres senhoras, muitas vovós, algumas aposentadas, outras ainda não. Lá estavam elas, muito felizes. Lindas mulatas de olhos verdes. Brancas de cabelos pintados de louro. Negras elegantérrimas, esguias e belas. Judias com aquele ruivo típico. E as nortistas, com seu jeito de índias. Na minha opinião, as mais bem conservadas.Lá pelas tantas, a conversa recaiu sobre essa escandalosa mania de cotas raciais.Todas contra! Como experimentadas professoras, fizeram a análise certa. Estabelecer igualdade com base na cor da pele? A raiz do problema é bem outra. Onde é que já se viu isso? Se melhorassem de fato as condições de trabalho do ensino de primeiro e segundo graus na rede pública, ninguém estaria pleiteando esse absurdo. Uma das minhas alunas hoje é titular na Uerj. Outra é desembargadora. Várias são ainda diretoras de escola. Duas promotoras. As cores, muitas. As brancas não parecem arianas. Nem se pode dizer que todas as mulatas são negras. Afinal, o Brasil é assim. A nossa mestiçagem aconteceu. O País não tem dialetos, falamos todos a mesma língua. Não há repressão religiosa. A Constituição determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de nenhuma natureza! Portanto, é inconstitucional querer separar brasileiros pela cor da pele. Isso é racismo! E racismo é crime inafiançável e imprescritível.Perguntei: qual é o problema, então?É simples, mas é difícil. A população pobre do País não está tendo governos capazes de diminuir a distância econômica entre ela e os mais ricos. Com isso se instala a desigualdade na hora da largada. Os mais ricos estudam em colégios particulares caros. Fazem cursinhos caros. Passam nos vestibulares para as universidades públicas e estudam de graça, isto é, à custa dos impostos pagos pelos brasileiros, ricos e pobres. Os mais pobres estudam em escolas públicas, sempre tratadas como investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, malcuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos.
Quem viveu no governo Carlos Lacerda se lembra ainda de como o magistério público do ensino básico era bem considerado, respeitado e remunerado. Hoje, com a cidade do Rio de Janeiro devastada após a administração de Leonel Brizola, com suas favelas e seus moradores entregues ao tráfico e à corrupção, e com a visão equivocada de que um sistema de ensino depende de prédios e de arquitetos, nunca a educação dos mais pobres caiu a um nível tão baixo. Achar que os únicos prejudicados por esta visão populista do processo educativo são os negros é uma farsa. Não é verdade.Todos os pobres são prejudicados: os brancos pobres, os negros pobres, os mulatos pobres, os judeus pobres, os índios pobres!Quem quiser sanar esta injustiça deve pensar na população pobre do País, não na cor da pele dos alunos. Tratem de investir de verdade no ensino público básico. Melhorar o nível do magistério. Retornar aos cursos normais. Acabar com essa história de exigir diploma de curso de Pedagogia para ensinar no primeiro grau. Pagar de forma justa aos professores, de acordo com o grau de dificuldades reais que eles têm de enfrentar para dar as suas aulas. Nada pode ser sovieticamente uniformizado. Não dá.Para aflição nossa, o projeto que o Senado vai discutir é uma barbaridade do ponto de vista constitucional, além de errar o alvo. Se desejam que os alunos pobres, de todos os matizes, disputem em condições de igualdade com os ricos, melhorem a qualidade do ensino público. Economizem os gastos em propaganda. Cortem as mordomias federais, as estaduais e as municipais. Impeçam a corrupção. Invistam nos professores e nas escolas públicas de ensino básico. O exemplo do esporte está aí: já viram algum jovem atleta, corredor, negro ou não, bem alimentado, bem treinado e bem qualificado, precisar que lhe dêem distâncias menores e coloquem a fita de chegada mais perto?É claro que não É na largada que se consagra a igualdade. Os pobres precisam de igualdade de condições na largada. Foi isso o que as minhas normalistas me disseram na festa dos seus 50 anos de magistério!

Com elas, foi assim.


(*) Sandra Cavalcanti, professora, jornalista, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Carlos Lacerda, fundou e presidiu o BNH no governo Castelo Branco.

Transtorno Afetivo Bipolar

Dr Rodrigo Marot

O que é Transtorno Afetivo Bipolar?

O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva.


Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem.


Os transtornos afetivos não estão com sua classificação terminada. Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos.


Por enquanto basta-nos compreender o que vem a ser o transtorno bipolar.


Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva.

A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos.


Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro.


O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor.


A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar.


Se desejar saber mais, consulte os sites:


terça-feira, 16 de junho de 2009

E-mails. Alguns cuidados indispensáveis...


1)Quando reenviar mensagens, retire os nomes e endereços de e-mail das pessoas por onde esses e-mails já passaram e quando quiser mandar para mais de uma pessoa, coloque os endereços destas como CCo (cópia oculta). Há programas rodando na Internet para 'apanhar' tudo o que estiver antes e depois de um '@'. Isso é vendido a Spammers , que muitas vezes espalham vírus. Quando todos fizermos isto, livraremos a Internet de 80% dos vírus e lixo eletrônico que causa lentidão na rede...

2) As grandes empresas não estão a dar kits gratuitos ou outros prêmios para quem reenviar e-mails e mandar a confirmação para o endereço indicado.

3) A MTV NÃO te dará o direito de ficar nos bastidores se vocês remeterem correspondência a um monte de gente.

4) NÃO existe uma organização de ladrões de fígado ou outros orgãos.

5) NÃO existem os vírus 'Good Times', 'Bad Times', 'Sapos Budweiser', etc. Nunca reenvie qualquer e-mail alertando sobre vírus antes de confirmarem num site confiável a existência dos mesmos.

Um bom site para ser usado nestes casos é o


6) Corte aqueles quilômetros de cabeçalhos com endereços dos e-mail's

7) Existem mulheres que estão realmente a sofrer no Afeganistão, crianças necessitando de ajuda e diversas empresas filantrópicas a ponto de encerrar as atividades caso não recebam ajuda financeira, etc. Caso você queira ajudar, procure se informar junto aos órgãos governamentais que cuidam destes assuntos, a Anistia Internacional ou a Cruz Vermelha.

8) E-mails com 'os abaixo-assinados' geralmente são falsos e nada significam para quem detém o poder para fazer alguma coisa sobre o que está para ser denunciado. São meios de obter endereços eletrônicos.

9) NÃO existe nenhum projeto para ser votado no Congresso Brasileiro que reduzirá a área da Floresta Amazônica em 50%. E nem para deixar de cobrar portagens. Portanto NÃO percam tempo nem 'façam figuras tristes' assinando e reenviando aqueles furiosos abaixo-assinados de protesto, ou comunicando este tipo de coisas.

10) Ninguém vai morrer nem ter azar no amor se não der continuidade a uma corrente. Devemos recusar esse tipo de pedido e com isso dificultar o acesso dos hackers e os spammers (propagandas)

11) Escrever um e-mail ou enviar qualquer coisa pela Internet é fácil... NÃO acredite, automaticamente, em tudo. Observe o texto, reflita, analise tudo isto antes de reenviar aos amigos

12) Quando recebemos mensagens pedindo ajuda para alguém, com alguma fotografia comovente, NÃO reenvie apenas 'para fazer a sua parte'... pode haver alguém cheio de más intenções, por detrás deste e-mail... verifiquem a veracidade das informações... Afinal, próximo da sua casa, há sempre alguém carente que você poderá ajudar, se esta for a sua opção de vida

13) Cuidado! Muito cuidado com as mensagens-lista de dados de pessoas, que cada um vai assinando, colocando os seus endereços, telefones reais e reenviando... Estas listas podem facilmente cair nas mãos de assaltantes, sequestradores, piratas informáticos, etc.

14) Agora, SIM, envie esta mensagem aos amigos e conhecidos, e ajude a colocar ORDEM nessa imensa casa chamada Internet. Lembre-se que, todos os dias chegam milhares de inexperientes à Internet, e quanto mais pudermos ensinar, será de grande valia para todos.

Amigo(a)

Autor desconhecido.

"Encontrei-te

QUEM É ESPECIAL FICA...


Dizem que se leva um minuto para conhecer uma pessoa especial

uma hora para apreciá-la

um dia para amá-la

e mais do que uma vida inteira para esquecê-la

É pequena a mensagem mas mostrará que nunca esquecerás…

Aproveita para viver!

É bom ter AMIGOS!...

Eles fazem-nos sentir felizes.

E ao sermos felizes encontramos a paz."

A NOVA MULHER. QUEM VAI ENCARAR?

LYGIA ROCHA mail to:lygiarocha@terra.com.br
Publicado no jornal Diário Comercial 16/06/2009)


"As mulheres estão com força total! A maioria das mais jovens – com idade entre 25 e 35 anos - é solteira, bem sucedida profissionalmente e não está preocupada em achar a sua metade uma vez que acredita que tem uma vida muito prazerosa. Segundo a pedagoga Sheila Rigler, diretora da Consultoria em Relações Humanas e Agência de Casamentos Par Ideal, de Curitiba, elas ganham o próprio sustento, saem bastante e têm carro próprio. De modo geral, atualmente, as mulheres solteiras moram sozinhas - uma boa parte delas em apartamento próprio - e viajam bem mais que as casadas assim como vão mais ao teatro e ao cinema.

As características mais marcantes dessas novas mulheres são as de querer viver com conforto e aproveitar bem as suas horas de lazer. Como gostam da sua independência, a maioria só começa a pensar em casamento a partir dos 30 anos quando dá início a sua busca por um companheiro que esteja a sua altura. Contudo, o encontro do par idealizado é dificultado pelo alto padrão de exigência na escolha do parceiro uma vez que querem alguém do mesmo nível intelectual, social e financeiro. Ao mesmo tempo, não têm dificuldade de achar um par quando saem à noite para se divertir já que são animadas. Só que essa companhia noturna está longe do ideal delas.

De acordo com o Instituto Ipsos Marplan, as solteiras ocupam postos mais altos de trabalho (47% contra 34%), vão mais à praia (46% contra 42%), a shows (31% contra 22%) e lêem mais (39% contra 35%) em comparação com as casadas. Esses resultados mostram que os “sonhos” das meninas dos dias de hoje mudaram. Ao invés de saírem à procura do “príncipe encantado”, estão preferindo buscar a “realidade” do sucesso na carreira que escolheram. Não é a toa que as “novas” mulheres, de modo geral, têm mais preparo do que os homens, já que investem tempo e dinheiro em cursos que consideram importantes para alcançar posições de comando nas empresas.

Segundo Sheila Rigler, hoje em dia as mulheres solteiras não são mais marginalizadas pela sociedade e nem têm a obrigação de casar. Como são bem sucedidas, não estão dispostas a abrir mão desse estilo de vida que conquistaram sozinhas. De acordo com o IBGE, enquanto em 1987 apenas 80 mil mulheres se casavam entre 30 e 39 anos, em 2007 esse número pulou para 181 mil. Desconsiderando o aumento populacional das últimas duas décadas, isso representa um aumento de 50%. Esses dados indicam que uma geração de mulheres solteiras está casando mais tarde porque está priorizando o aprendizado de lidar com a própria independência.

A psicóloga Bárbara Snizek, da Agência de Casamentos Par Ideal, alerta para o estereótipo ainda vigente de dizer que as mulheres que têm carreiras bem sucedidas têm problemas na vida afetiva. Para ela, os fracassos na vida amorosa podem estar relacionados não a uma inaptidão afetiva, mas a um grau de exigência mais apurado e a uma recusa em viver relações não satisfatórias. Elas estão cientes que essa sua independência assusta os homens, entretanto preferem ficar com o sucesso profissional que fizeram tanto esforço para conquistar, mas que lhes permite viver muito bem sem precisar de nenhum suporte financeiro de um marido.

A fim de traçar um perfil das executivas brasileiras, a empresa Caliper Brasil realizou uma pesquisa em parceria com a revista HSM com 66 mulheres que ocupam cargos na alta hierarquia das organizações. Os resultados derrubam mitos como os de que para ascender na carreira tenham que abrir mão da família e adotar um comportamento “masculinizado”, já que 65% das entrevistadas são casadas. O estudo aponta como pontos fortes das mulheres seu estilo de comunicação assertivo de expor idéias e estratégias, a delegação de responsabilidades, sua liderança envolvente para buscar comprometimento da equipe, sua rapidez e foco nos resultados.

Embora sejam práticas na resolução dos problemas, as mulheres são flexíveis para perceber as necessidades da equipe e demonstram empatia para escutar opiniões diferentes das suas e rever conceitos na busca de soluções, o que enriquece o processo decisório. Elas buscam o bem-estar das pessoas, reconhecem as qualidades alheias, são intuitivas, hábeis com múltiplas tarefas, têm uma visão tanto pontual como abrangente, gostam de persuadir e convencer sua equipe e são abertas à absorção de novos conhecimentos. Para alcançar o sucesso, essas executivas tiveram que transgredir os valores vigentes, questionar superiores e ousar.

Os maiores desafios para as mulheres ascenderem a posições de comando nas empresas são vencer o preconceito de gênero e provar a sua competência. Elas são motivadas por desafios, resultados e pela evolução das pessoas e definem sucesso como o equilíbrio da vida pessoal e profissional, fazer o que gostam em um lugar que gostam e a construção de algo importante para a melhoria de vida das pessoas. Essas características femininas fizeram com que diversos estudos nos Estados Unidos tenham constatado que as organizações com maior representação de mulheres na direção consigam um desempenho significativamente melhor que as concorrentes.

Ainda bem que muitas mulheres não encontraram seus “príncipes encantados” e investiram no sucesso da vida profissional desistindo de ficar aturando “sapos” só para ter alguém que as sustentasse. Cássia Eller já colocava esse questionamento quando cantava os versos da música “Malandragem” de Cazuza e Frejat que diziam “quem sabe o príncipe virou um chato, que vive dando no meu saco”! As mulheres de hoje sabem o que querem e as organizações – e os homens também! - só têm a ganhar com um melhor aproveitamento das suas habilidades. Assim sendo, quem vai encarar?"

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O eterno recomeço.

Maria Ribeiro.

"Um cantinho para quem, como eu, acredita que não existe fim, só o eterno recomeço que acontece todos os dias, todos os instantes, com cada escolha que fazemos, com cada atirude que tomamos, com cada sonho que tentamos transformar em realidade.VAMOS ENCARAR?Um dia, você se dá conta que está presa. Que não tem saída, que a solução dos problemas não dependem de você e é quando cai na ilusão de atribuir a causa do problema a fatores externos. Falta dinheiro, falta tempo, não tem condições, as pessoas não colaboram, não sabe o que vai acontecer para poder decidir o que fazer. Não é? Já pensou que é você mesma quem está se aprisionando? Não acredita? Então tente descobrir quais são as suas amarras. A que, ou a quem você está reagindo e o que você realmente teme. Embora a gente chegue a ter certeza, não são os fatores externos que mais nos assustam, são nossos medos guardados lá no porão do inconsciente. Eles surgem como resultante de nossa vaidade, nosso orgulho, nosso apego e nossos preconceitos, raramente ou nunca admitidos. Juntos, eles formam o grande monstro, o fantasma assustador que por vezes nem nos deixa dormir. Sua presença cria uma mistura de ansiedade e angústia, como se a qualquer momento algo pudesse acontecer. Traduzindo, como se ele, o nosso fantasma escondido, pudesse aparecer e nos obrigar a olha-lo de frente. Seja qual for o nome que você der, isso assusta mesmo! A partir de um certo ponto em sua evolução, não dá mais para continuar convivendo com ele, é preciso fazer alguma coisa que afasta a sensação desagradável provocada pela sua presença. Mas para começar a exorciza-lo é preciso ter a coragem de ir ao seu encontro porque ele nunca se mostra e de encara-lo, tal qual é. Se não souber onde se esconde quando não a está possuindo e atrapalhando sua vida, comece perguntando o que mais incomoda você? É esse o primeiro passo no caminho dessa busca. Depois pergunte qual o seu maior medo e passo a passo vá se conhecendo, Se ainda assim ele não aparecer, indague em que circunstâncias você diz: ISTO EU NÃO ACEITO MESMO! E por que? Não adianta vir com as respostas convencionais, aquelas pré-fabricadas que você usa automaticamente para justificar suas reações, porque é disso que ele se alimenta. Agindo assim você só o fará ficar ainda mais forte e difícil de enfrentar, mais vale procurar no seu interior as verdadeiras causas Então aproveite e dê uma boa olhada nos PRÉ-CONCEITOS aqueles padrões geralmente herdados, ou implantados em você de tanto ver ou ouvir. Mesmo que você não goste de admitir, sempre existem aquelas reações, crenças ou atitudes adotadas simplesmente para seguir o rebanho sem pensar se a direção em que ele vai é a que você pretende dar à sua vida. Talvez não seja fácil, talvez ele, o seu monstrinho particular não se deixe ver na primeira tentativa. Afinal, você sempre o abrigou, sempre o protegeu tão bem e por tanto tempo, que fica difícil agora tira-lo de onde se escondeu e traze-lo à luz da verdade. Garanto que ninguém sabe da existência dele, vai ver que nem você sabia. Mas continue tentando, procurando, perguntando até conseguir e quando encontra-lo não tenha medo de olha-lo nos olhos, de ver como é feio, ultrapassado, injusto e totalmente fora de propósito. Não há mais lugar para ele em você agora. Se for o monstrinho do preconceito, que é filho da vaidade e do orgulho, mas foi criado pela ignorância, você vai ver arcaicos padrões de avaliação dos que julgam uma pessoa como sendo melhor ou pior que você, dependendo do nível cultural, do quanto ganha, ou de quanto ganha quem a sustenta, do bairro onde mora, do tipo de imóvel, das pessoas que conhece, enfim, de uma série de coisas que em nada têm a ver com a essência de um ser humano. É dele que nasce a impressão de que você é melhor ou pior do que alguém, assim como é dele que vem o medo de não ter o que os outros têm, não poder fazer o que os outros fazem, não conseguir manter o mesmo padrão, ou o medo do que as pessoas vão pensar. Conscientemente você pode até não valorizar tanto esses conceitos, mas ele, o monstrinho do preconceito valoriza e você acaba fazendo o que ele quer. Quem tem este monstrinho escondido em seu interior jamais admite, nunca fala a respeito, nega se for acusada, mas SEMPRE age de acordo com os conceitos dele, sabendo ou não, querendo ou não, porque está literalmente possuída e escravizada por essa “coisa ruim”. Se for o monstrinho da acomodação ou da dependência, terá a oportunidade de ver refletidas nele todas as oportunidades que deixou passar, as desculpas que inventou para não tomar a iniciativa e não agir no momento preciso. Verá que o que parecia verdade absoluta eram disfarces do medo. Medo de deixar de ser protegida e dependente, medo de mudanças, medo de sair do ninho, abrir as asas e voar. Já o monstrinho do apego, faz guardar até o desnecessário, tentar manter relações que já acabaram há muito tempo e agora só geram desarmonia, não permite que se abra mão de nada, nem mesmo do que não se quer mais, do que é inútil, do que atrapalha ou não nos deixa crescer livremente, dando a impressão de que um dia será necessário, ou de que não é possível viver sem aquela coisa ou aquela pessoa. Uma verdadeira escravidão da qual ninguém consegue abrir mão até tomar consciência, e lutar contra. Existem tantos tipos de monstros que nem dá para enumerar e quanto maior, mais forte, mais assustador e aparentemente invencível for o seu, mais rápida e eficiente deverá ser a sua ação de despejo. Quem precisa de fantasmas como esses morando na própria alma? Possuindo-a, como se fosse o dono e provocando em você e na sua vida tantas reações colaterais? Você precisa? Creio que não. Pensando bem, até já passou da hora de criar coragem, dar uma boa olhada no seu interior, ter uma franca conversa com você mesma e começar a agir, despejando todos esses invasores, para o seu próprio bem. E veja se dessa vez, é você mesma quem está no comando da operação, não algum outro monstrinho do NÃO POSSO, NÃO CONSIGO, ou NÃO SEI, disfarçado de boas intenções, de obstáculos irremovíveis e daquela espécie de fraqueza e impotência, que não fazem mais parte de você, há muito tempo. Esta impressão é só mais um dos truque que eles usam freqüentemente e não é real. Expulse isto também e comece o quanto antes a ocupar o seu verdadeiro lugar no seu mundo interior. Todo o resto virá naturalmente como conseqüência do seu equilíbrio. Boa Sorte! "

quarta-feira, 10 de junho de 2009

TST revê vínculo de trabalho para diarista...


Freqüência no serviço de 3 vezes por semana não prevê direitos para diaristas.
De Brasília, DF

A sétima turma de ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), instância máxima da Justiça do trabalho, entendeu que não há vínculo trabalhista no caso de diaristas que trabalham até três vezes por semana.
A decisão, publicada no Diário da Justiça na última segunda-feira, ocorreu em 22 de abril de 2009, durante julgamento de um recurso proveniente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região.
O tribunal regional entendeu que a diarista tinha direito a registro em carteira, Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), férias e 13º salário, mas o TST reverteu a decisão.
O entendimento ocorreu no julgamento do processo de uma diarista do Paraná que teria trabalhado 18 anos na mesma casa, sendo que nos oito primeiros anos três vezes por semana e nos dez anos seguintes, duas vezes por semana.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, cada caso é analisado separadamente, mas desde 2006 já havia o entendimento de que trabalho duas ou três vezes por semana não caracteriza vínculo trabalhista.
Ainda conforme a assessoria do tribunal, no ano passado, por exemplo, outra turma de ministros do TST entendeu que havia vínculo no caso de uma diarista que ficou mais de 20 anos na mesma casa
"Dos textos legais em exame, percebe-se que o reconhecimento do vínculo empregatício do doméstico está condicionado à continuidade na prestação dos serviços, o que não se aplica quando o trabalho é realizado durante alguns dias da semana", afirmou o ministro relator do processo, Pedro Paulo Manus.
A assessoria de imprensa destaca que não há uma jurisprudência única sobre quantos dias de trabalho devem caracterizar uma diarista. A decisão não cria uma regra e não obriga instâncias inferiores a seguir o entendimento.
Direitos Pela legislação, deve ser considerado empregado doméstico aquele que tem trabalho de "natureza contínua".
Enquanto que o doméstico tem uma remuneração mensal, de, pelo menos, um salário mínimo regional, o diarista deve receber o pagamento após o dia de trabalho.
PolêmicaNa sentença, o ministro Pedro Paulo Manus, disse que o vínculo empregatício só existe quando o trabalhador, diarista trabalha seis vezes por semana, de segunda a sábado. Caso contrário, o patrão não tem obrigação de pagar 13º salário, nem férias para a diarista.
Para a presidente da Federação Nacional da Trabalhadora Doméstica, a Creusa Oliveira, a decisão é um retrocesso e discriminatória, além de contraditória porque, segundo a presidente da federação, outros juízes já consideraram que existe vínculo quando a diarista trabalha uma vez por semana. (Da Agência Estado)
DIREITOS DO EMPREGADO DOMÉSTICO COM REGISTRO EM CARTEIRA E FREQUENCIA REGULAR
DIREITOS TRABALHISTAS

· Registro na Carteira de Trabalho.
· Receber pelo menos o salário-mínimo, fixado em lei.
· Folgar em feriados civis e religiosos. Se trabalhar, recebe o dia em dobro ou uma folga compensatória na semana.
· Não ter o salário reduzido pelo mesmo empregador.
· Receber o décimo terceiro salário nos termos legais.
· Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
· Férias anuais, acrescidas de 1/3 constitucional.
· Vale transporte, nos termos da lei.
· FGTS, se o empregador fizer a opção.
· Seguro-desemprego, se o empregador fizer opção pelo FGTS.
· Aviso prévio com direito no mínimo à 30 dias.
· Licença-maternidade de 120 dias.
· Licença-paternidade.

DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS

· Salário-maternidade, pago diretamente pela Previdência Social.
· Aposentadoria.
· Auxílio-doença.
· Pensão por morte.
· Auxílio-reclusão.
· Programa de reabilitação profissional.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Qual a diferença entre Político e Ladrão? - Resposta brilhante.

Millôr Fernandes lançou um desafio através de uma pergunta:

- Qual a diferença entre Político e Ladrão ?

Chamou muita atenção a resposta enviada por um leitor:

Caro Millôr, após longa pesquisa cheguei a esta conclusão. A diferença entre o político e o ladrão é que um eu escolho, o outro me escolhe. Estou certo?

Fábio Viltrakis, Santos-SP.

Eis a réplica do Millôr :

- Puxa, Viltrakis, você é um gênio... Foi o único que conseguiu achar uma diferença!

domingo, 7 de junho de 2009

A DIFERENÇA ENTRE "HTTP" e "HTTPS"

IMPORTANTE! Especialmente para quem faz compras ou transações bancárias via Internet.

A maioria das pessoas ignora que a diferença entre a utilização de HTTP e HTTPS é, simplesmente, a sua segurança!

O "S" = Secure = Segurança.

A sigla HTTP quer dizer "Hyper Text Transport Protocol", que é a linguagem para troca de informação entre servidores e clientes da rede.

O que é importante e o que marca a diferença, é a letra "S" que é a abreviatura de "Secure"!

Ao visitar uma página na web observe se começa por: HTTP – Isto significa que essa página se comunica numa linguagem normal, mas sem segurança!

Não se deve dar o número do cartão de crédito ou fornecer senhas bancárias através de uma página/site começada por HTTP

Se começar por HTTPS, isso significa que o computador está conectado a uma página que se corresponde numa linguagem codificada e segura, à prova de espiões!!

Prevenir nunca é demais.

DOR e VAIDADE, na tragédia do vôo 447 da Air France. (SR)

Sergio Rocha em 07/06/2009.

A perda de nossos entes queridos, marca-nos como ferro em brasa.
Dói na alma, dói profundamente, dói de doer, em quaisquer circunstâncias, todos sabemos.
Alguns se recolhem para derramar seus prantos, outros entram em profunda reflexão, outros há, que preferem mergulhar em recordações sem fim, a ponto de lhes estragar a saúde.
Tudo isso é compreensível, humano e, portanto, aceitável.
Porém, o mais triste é ver que muitos permitem que suas vaidades sejam maiores do que a dor que dizem sentir.

sábado, 6 de junho de 2009

Saudosista, dos bons.

Autor desconhecido

Parte I
Eu sou de um tempo distante o chamado tempo do onça, tempo em que qualquer máquina era uma geringonça.
Sou do tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça, que aos domingos a gente ia à missa.
Trago lembranças bacanas das Casas Pernambucanas, das farras, no bonde e dos chapéus da Casa Alberto.
Tempo em que adultério era crime e o São Cristovão ainda tinha time.
Do busca-pé, do rojão. Sou do tempo do xarope São João.
Venho do tempo em que menino só gostava de menina tempo do confete e serpentina, nas festas de Carnaval do Sírio, do Monte Líbano, dos bailes do Municipal.
Sou do tempo do bicarbonato Do lançamento do Sonrisal.
Sou do tempo em que futebol era pra macho em que ninguém sossegava o facho nos bailes de formatura. Dos play-boys botando banca.
Tempo que o telefone era preto e a geladeira era branca com pingüim em cima.
Sou do tempo em que se confiava nas companhias aéreas, em que a penicilina curava as doenças venéreas.
Sou do tempo da Rádio Nacional do lança perfume no Carnaval, do calouro na hora da peneira .
Tempo em que pó era o mesmo que poeira. Tempo do terno risca de giz, da calça de boca apertada , da Lapa de Madame Satã, de poder ir torcer no Maracanã e lembrar da mãe do juiz.
Sou do tempo do Dói-Codi , do comigo-ninguém-pode, da ditadura envergonhada .
Sou do tempo em que ficar era não ir. Tempo de permitir passeios à beira-mar.
Tempo de se curtir a vida sem medo de bala perdida.
Tempo de respeito pelos pais . Enfim, sou de um tempo que não volta mais.
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Parte II
Sou do tempo da brilhantina do laquê, da Glostora, do Gumex o correio não tinha Sedex, o que vinha era telegrama trazendo uma má notícia.
Sou do tempo em que a polícia perseguia todo sambista que tivesse alguma fama.
Tempo em que mulher é que usava brinco em que as portas não tinham trinco e que se dizia demorou só pra quem chegasse atrasado
As calças não perdiam o vinco. Picada era só pra curar resfriado, se aquela febre profunda não tivesse melhorado.
No meu tempo coca era refrigerante e todo homem elegante abria a porta do carro.
Aceitava-se qualquer cigarro sem medo de ser um novo fato.
Só preço podia ser barato. Bicho era só o animal. Cara, o rosto do pobre mortal.
Sou do tempo do tergal do ban-lon, do terilene, da Emilinha e da Marlene, no sucesso musical.
Sou do tempo do mocinho e o vilão com cara de mau, do reclame de fortificante do óleo de fígado de bacalhau.
Sou do tempo do coreto e da banda , do velho cigarro Yolanda, vendido na venda da esquina.
Sou do tempo da estricnina veneno tão poderoso.
Sou do tempo do leite de magnésia , do sagu, do fubá Mimoso, do fosfato que curava a amnésia.
Sou do tempo da cocoroca , do tempo da Copa Roca que muita gente não viu.
Do progresso tão abrupto que todo mundo assistiu, porém político corrupto , o rato que sai da toca,
Ora! Esse sempre existiu!
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Parte III
Sou do tempo em que Benjor se chamava Jorge Ben.
A carne do bife era acém , ração de cachorro era bofe.
No meu tempo não havia estrogonofe.
Sou do tempo do tostão e do vintém , da zona com seus bordéis, programas de dez mil réis .
Sou do tempo da Cibalena e do Veramon .
Só não vi a revista Fon-fon.
Assisti filmes do Rin-tin-tin.
Sou do tempo da confeitaria Manon , da magia, do pó de pirlimpimpim.
Colecionei estampas Eucalol. Acompanhei o lançamento da Avon.
Tomei o fortificante Calcigenol.
Sou do tempo da PRK 30, do rádio tipo capelinha, dos contos da Carochinha , do remédio anunciado: "Veja ilustre passageiro o belo tipo faceiro que o senhor tem a seu lado. Mas, no entanto, acredite, quase morreu de bronquite, salvou-o o Rhum Creosotado".
Sou do tempo da Cafiaspirina , da compressa de antiflugestina, do bálsamo de benguê.
Fui leitor do almanaque Tico-Tico , tempo em que trabalhador ficava rico.
Sou do tempo da Casa Cavé, do taco com cera Parquetina, dos discursos do Presidente Gegê.
Sou do tempo do óleo de linhaça. Andei na Maria Fumaça. li muito a revista Cruzeiro. Escrevi com caneta- tinteiro.
Separei o joio do trigo. Vi muito vigarista na cadeia.
Só não fui garçon da Santa-Ceia.
Também não sou assim tão antigo.

O SILÊNCIO.

Autor desconhecido

O silêncio ajuda sempre:

Quando ouvimos palavras infelizes.

Quando alguém está irritado.

Quando a ofensa nos golpeia.

Quando alguém se encoleriza.

Quando a crítica nos fere.

Quando escutamos a calúnia.

Quando a ignorância nos acusa.

Quando o orgulho nos humilha.

Quando a vaidade nos provoca.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo.

A lição do louro.


O sujeito comprou um papagaio,ma quando chegou em casa foi aquela decepção:
o papagaio resmungava, reclamava, xingava o dia inteiro. O dono tentou amansar o louro lendo trechos de livros de Paulo Coelho e poemas de Manuel Bandeira, pondo pra tocar Caetano Veloso, Chico Buarque e Zizi Possi, mas não teve jeito. Acabou por perder a paciência e passou a gritar, bater, ameaçar, mas o papagaio ficava cada vez pior.
Num acesso de fúria, o dono pegou o papagaio e o jogou dentro do freezer.
O papagaio começou a xingar de tudo quanto era nome, mas, subitamente, menos de vinte segundos depois, calou-se sem terminar o último palavrão. Pensando ter matado o papagaio, o dono abriu a porta do freezer e o louro começou o discurso:
– Sei que meu linguajar tem sido mais do que inapropriado a este ambiente familiar e que minha atitude não condiz com a atenção que vossa excelência tem oferecido a esta desditada alma.
Gostaria de apresentar minhas sinceras excusas e prometer que daqui em diante me portarei adequadamente.
– Isso é bom mesmo! – retruca o dono.
E o louro, à beira do choro, perguntou:
– Só por curiosidade: o que foi que o frango fez?

Os casais que caminham de mãos dadas.


Moacyr Scliar


"Dar a mão a alguém significa ajudar esta pessoa; é a expressão de um amparo que pode ser prático, mas é emocional também.


Médico de saúde pública, costumo fazer aquilo que recomendo a outras pessoas: todos os dias me exercito, seja na ACM em Porto Alegre, seja no fitness room de hotéis (quase todos agora oferecem esta facilidade), seja simplesmente caminhando por ruas e parques, o que apresenta a vantagem adicional de conhecer lugares e observar pessoas. E, observando, nunca deixo de reparar nos casais que caminham de mãos dadas.

Um hábito que chama a atenção, porque estas pessoas renunciam ao movimento dos braços que em geral é parte da marcha - mas o fazem por boas razões, como já veremos. Mas primeiro é preciso dizer que, em outros países, sobretudo no sul da Ásia, não só casais andam de mãos dadas; homens também o fazem, é até um sinal de amizade.

Num encontro internacional de saúde pública passei por certo constrangimento quando, ao sairmos do prédio, um colega paquistanês quis caminhar de mãos dadas comigo, o que, para alguém vindo do Rio Grande do Sul, parecia no mínimo estranho.

Aqui, se vemos pessoas de mãos dadas, certamente se trata de casais.

São, em geral, pessoas de meia- idade ou mesmo idosas. Aliás, é mais raro ver casais jovens caminhando juntos, o que é facilmente explicável: é uma fase em que homem e mulher têm compromissos separados, seja em casa, seja no trabalho; compatibilizar horários pode então ser uma coisa complicada. Na fase da aposentadoria, dos filhos crescidos, há mais tempo disponível: marido e mulher podem viajar juntos, podem almoçar juntos e podem caminhar juntos. E, quando o fazem, é freqüentemente de mãos dadas.

Por quê? Por que caminham de mãos dadas, estes casais?

A resposta mais óbvia é a de que assim estão se protegendo mutuamente.

As ruas das cidades brasileiras freqüentemente são esburacadas e, a partir de certa idade, um buraco é mais do que um buraco, é uma armadilha, por causa do risco de quedas.

Os resultados de uma queda podem ser bem desagradáveis: a fratura de colo do fêmur é um espectro da maturidade. Na verdade, o colo do fêmur é nosso calcanhar de Aquiles, é um ponto de menor resistência.

O fêmur é forte, reto, orgulhoso, como a coluna de um templo grego. Mas ele não é parte de um templo grego, é parte de nosso corpo, e assim, de repente, precisa fazer uma inflexão para se encaixar na bacia.

Ora, súbitas inflexões, inesperadas mudanças de rumo têm seu preço; no caso, o colo do fêmur, que é sede de freqüentes fraturas. Por causa dessa possibilidade os casais se apóiam mutuamente.

Este é o lado prático de andar de mãos dadas. Mas há também o lado simbólico.

A mão é o emblema de nossa humanidade.

A mão transformou o troglodita do passado no Homo faber, o homem, e a mulher, que fazem coisas, que confeccionam objetos.

A mão, porém, não é só um instrumento de trabalho, é um veículo de emoções.

Dar a mão a alguém significa ajudar esta pessoa; é a expressão de um amparo que pode ser prático mas é emocional também.

Estou aqui, diz o homem à mulher cuja mão ele segura.

Estou aqui, diz a mulher ao homem cuja mão ela segura.

"Se todas as pessoas do mundo/ quisessem se dar as mãos", como diz o famoso poema do francês Paul Fort, seríamos mais unidos, mais felizes.

Seríamos mais humanos. E poderíamos rir dos muitos buracos que encontramos na vida."

TAUTOLOGIA, você sabe o que é isto?

Tautologia, é o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.

Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.

O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação
- acabamento
final
- certeza
absoluta
- quantia
exata
- nos dias 8, 9 e 10,
inclusive
- juntamente
com
-
expressamente proibido
- em duas metades
iguais
- sintomas
indicativos
- há anos
atrás
- vereador
da cidade
-
outra alternativa
- detalhes
minuciosos
- a razão é
porque
- anexo
junto à carta
- de sua
livre escolha
- superávit
positivo
-
todos foram unânimes
- conviver
junto
- fato
real
- encarar
de frente
- multidão
de pessoas
- amanhecer
o dia
- criação
nova
- retornar
de novo
- empréstimo
temporário
- surpresa
inesperada
- escolha
opcional
- planejar
antecipadamente
- abertura
inaugural
-
continua a permanecer
- a
última versão definitiva
-
possivelmente poderá ocorrer
- comparecer
em pessoa
- gritar
bem alto
- propriedade
característica
-
demasiadamente excessivo
- a seu critério
pessoal
- exceder
em muito .

Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'.
Existe alguma surpresa esperada?
É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias.
Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.
Verifique se não está caindo nesta armadilha.