segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ser feliz ou ter razão?


Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.

Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.

Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...

E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.

Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA:

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.

Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.

Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
'Quero ser feliz ou ter razão?'

Outro pensamento parecido, diz o seguinte:
'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mulheres intuitivas, homens autistas.

Dr. Drauzio Varella
Mulheres intuitivas, homens autistas Em média, somos mais altos e mais musculosos do que as mulheres. Característico da maioria dos mamíferos, esse dimorfismo sexual é evidência indiscutível da seleção natural resultante da competição milenar entre os machos pela posse das fêmeas, sempre interessadas em se acasalar com os mais poderosos, capazes de proteger suas proles.Nos últimos 50 anos, os neurocientistas têm demonstrado que o dimorfismo na espécie humana não se restringe à aparência física, mas está presente na configuração do cérebro.Apesar de variações individuais, o cérebro masculino é cerca de 9% maior do que o feminino, graças às dimensões da substância branca, uma vez que a quantidade de massa cinzenta (associada às funções cognitivas superiores) é semelhante em ambos os sexos. Por outro lado, o corpo caloso, estrutura que estabelece a conexão entre os hemisférios cerebrais direito e esquerdo, é proporcionalmente mais desenvolvido nas mulheres.Os neurônios das mulheres parecem formar maior número de conexões (sinapses), essenciais do ponto de vista funcional, mas os homens têm em média 10 milhões a 20 milhões de neurônios a mais, e eles se encontram mais densamente empacotados na maior parte dos centros cerebrais.Antes que você, leitora feminista, tenha um ataque de nervos, vamos deixar claro que, até hoje, nenhum estudo científico conseguiu demonstrar superioridade dos quocientes médios de inteligência em qualquer dos sexos.Tomadas em conjunto, essas informações apenas explicam porque nós demonstramos mais habilidade na realização de tarefas restritas a um único hemisfério cerebral, como interpretar mapas geográficos, encontrar saídas em labirintos, lidar com máquinas, ao passo que elas levam vantagem em atividades que se beneficiam das conexões entre os dois lados do cérebro: interpretação de emoções alheias, sensibilidade social, fluência verbal.Enquanto as áreas cerebrais controladoras da linguagem masculina estão limitadas ao hemisfério cerebral esquerdo, a mulher utiliza os dois hemisférios ao falar. Graças a essa versatilidade, as meninas começam a falar mais cedo (e, segundo os maledicentes, não param mais) e se saem melhor nas atividades escolares que privilegiam a linguagem.Comparadas com os meninos, elas nascem com uma diferença de maturação cerebral de quatro semanas, diferença mantida de tal forma até a idade escolar que o doutor José Salomão Schwartzman, um dos neuropediatras brasileiros mais conceituados, considera erro grosseiro levar em conta apenas o critério de idade para misturar crianças de ambos os sexos na mesma sala de aula.Dados experimentais demonstram que essas características sexuais estão ligadas a fatores biológicos. Ratos machos realizam com mais facilidade os testes para encontrar saídas de labirintos, vantagem perdida quando as fêmeas são tratadas com testosterona no período neonatal. Na infância, os machos de diversas espécies de macacos preferem brincar com carrinho, enquanto as fêmeas escolhem as bonecas.Em trabalho publicado em 2001, no qual bebês de um dia de vida foram colocados diante da face de uma pessoa e de um objeto mecânico móvel, ficou demonstrado que as meninas passam mais tempo a olhar para a face; os meninos, para o objeto.O mecanismo responsável por essas diferenças corre por conta da exposição do sistema nervoso à ação da testosterona produzida pelos testículos durante a vida embrionária e neonatal. Meninas que nascem com hiperplasia adrenal congênita, condição genética em que ocorre aumento de produção de testosterona, exibem comportamento mais semelhante ao dos meninos.É cada vez mais aceita na psicologia moderna a teoria da Empatia-Sistematização (E-S), segundo a qual os indivíduos podem ser classificados de acordo com sua maior habilidade de sistematizar ou estabelecer empatia. Sistematizar é a capacidade de analisar um sistema com o objetivo de prever seu o comportamento. Empatia é a capacidade de identificar estados mentais alheios e de responder a eles com a emoção mais apropriada.A teoria E-S propõe que as diferenças psicológicas entre os sexos sejam definidas pelo diferencial entre as dimensões da empatia (E) e da sistematização (S), uma vez que prever comportamentos e emoções alheias não obedece às regras que regem sistemas mecânicos, nos quais a resposta a um mesmo estímulo é sempre previsível. O tipo psicológico ES é característico das mulheres; SE é mais encontrado nos homens.De acordo com a teoria, o processo de masculinização cerebral, levado ao extremo, conduziria ao autismo, condição associada a comportamentos repetitivos, obsessão por sistemas previsíveis como decorar horários de trens e nomes de ruas, resistência às mudanças do ambiente, dificuldade de compreender metáforas, precocidade para decifrar funcionamento de máquinas e dificuldade de relacionamento afetivo.O dimorfismo cerebral explica porque as mulheres tantas vezes nos surpreendem ao interpretar atitudes e prever intenções alheias e a habilidade demonstrada por elas na execução de tarefas simultâneas como dar banho nos filhos, falar ao telefone, avisar que a campainha está tocando e pedir para desligar o forno, enquanto dez homens na sala, assistindo ao futebol, perdem a concentração quando entra uma mulher para perguntar quem vai encomendar a pizza.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A depressão

Elaine Fonseca Lilli

A depressão é uma doença afetiva, ou do humor onde há alteração psíquica e orgânica comprometendo o físico, os pensamentos e as emoções.
O afeto é responsável pelo significado sentimental de tudo aquilo que vivemos. Portanto, quanto mais consciente sentimos a vida menos complicações teremos no futuro.
Viver consciente é compreender e aceitar todos os acontecimentos presenciados pelo nosso Ser. Entretanto, nem sempre lembramos da nossa existência, principalmente antes dos três anos de idade, ou mesmo há pessoas que geralmente estão sobrecarregadas com tantos afazeres, que acabam não tendo tempo para resolver os próprios assuntos particulares.
Uma depressão é uma somatização dos fatos e acontecimentos do indivíduo, sendo que uma hora ou outra, haverá manifestação não só através da depressão, mas também de várias outras complicações.
A depressão pode ser dividida em 2 tipos:
1 - Típica: quando o indivíduo a manifesta com todos os sintomas emocionais típicos como a tristeza, o desinteresse, a apatia etc.
2 - Atípico: quando o indivíduo não percebe que está deprimido e não tem queixas como as pessoas do primeiro tipo. É o tipo durão, resistente.
Portanto, os depressivos atípicos acabam se achando apenas ansiosos e não depressivos.
Sintomas mais comuns da depressão
• humor deprimido: tristeza, desânimo, pensamentos negativos;
• falta de interesse pela vida, pelas pessoas, pelo trabalho, relacionamentos, etc.
• falta de energia: cansaço físico e mental;
• insônia ou excesso de sono;
• em casos mais avançados: aparecimento de idéias delirantes e mesmo alucinações.
Tratamento
Existem muitos tipos de tratamento para depressão. Muitos deles através de drogas químicas, ou métodos naturais como terapia convencional e alternativas.
O fator mais importante para a recuperação do depressivo é que ele esteja sendo acolhido por pessoas que cultivem o amor incondicional, que tenham fé e acreditem na vida como uma manifestação divina.
O melhor remédio para os seres humanos é a integração com os meios naturais de viver, o desapego dos padrões e valores sociais. Lembrem-se: quando morremos não levamos nada, apenas nossas experiências de vida.

Burocracia desorganizada acoberta escândalos

Autor: Wagner Siqueira (*)

Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são harmônicos e independentes, diz a Constituição brasileira.A realidade mostra que esse preceito básico de democracia degenerou para uma promiscuidade imoral e aética, acorbertada pela impunidade e pela falta de espírito público de boa parte dos que, respaldados ou não pelo voto popular, têm a responsabilidade de comandar o país.
A independência dos poderes é uma balela.O Executivo abusa das medidas provisórias, instrumentos quase ditatoriais que afrontam o estado de direito e o legítimo sistema representativo num regime republicano presidencialista.
O Legislativo negocia, fisiologicamente, blocos de apoio ao governo ou acoberta grupos caricatos de oposição, sem competência para pelo menos fazer uma crítica inteligente às políticas econômica e social de seus adversários.
E o Judiciário não tem o menor constrangimento de se imiscuir em questões de competência do Executivo por meio da indústria das liminares.
Se a independência é uma balela, a falta de harmonia entre os Poderes é a mãe da corrupção.As autoridades confundem cooperação com promiscuidade, negociação política com fisiologismo.O que se vê é a venda de votos e de consciências, a troca de apoio por vantagens, a alocação de verbas por interesse eleitoreiro, o lobby dos poderosos aliado aos interesses mais retrógados, muitas vezes travestidos de discursos progressistas falaciosos.
É claro que existe gente séria em cada um dos três poderes.Cabe a esse grupo de servidores e de políticos conscientes, acima das diferenças ideológicas e das posições políticas, defender com unhas e dentes os princípios que norteiam o relacionamento social no regime democrático, que se constrói no Brasil a duras penas.
Restaurar a honestidade, a moralidade e a ética é que o Brasil espera de seus homens públicos, em especial dos que serão eleitos com os nosso votos em outubro próximo.

(*) Wagner Siqueira é Administrador de empresas CRA-RJ

Queimaduras - O que fazer?

Num curso de "AGENTE DE SAÚDE COMUNITÁRIA" ensinaram que, na hora da queimadura, seja lá a extensão que for, a primeira providência é colocar a parte afetada debaixo de água fria corrente e limpa, até que o calor diminua e pare de queimar muitas camadas de pele e, depois, passar clara de ovo, levemente batida, só para que ela seja mais fácil de aplicar.

Contaram que uma pessoa , ao aquecer a água, deixou passar do ponto. A água já estava em ebulição e, quando a pessoa pegou a chaleira para jogar aquela água fora, "conseguiu" queimar uma grande parte da mão, porque a água fervente jorrou para fora quando ela tentava manusear a chaleira.

Colocou então a mão em baixo da torneira, bastante tempo, para tirar aquele calor inicial, porque a dor era violenta.

Abriu 2 ovos e separou as claras, bateu um pouco, e ficou com a mão naquela coisinha chata, que era a clara.

Estava tão queimada a mão que, assim que ela colocava a clara em cima, secava e ficava uma película que depois ficou sabendo que era colágeno natural.

Ficou pelo menos uma hora colocando camadas de claras na mão. À tarde,não sentiu mais dor alguma e no dia seguinte apenas havia a marca vermelha arroxeada onde havia queimado.

Pensou que ficaria com uma cicatriz horrível mas, para sua surpresa, depois de 10 dias estava sem nem uma marca do acontecido, nada !!! ....

Nem a cor da pele mudou; aquela parte queimada foi totalmente recuperada pelo colágeno existente na clara de ovos que, na verdade, é uma placenta e é cheia de vitaminas.

A dieta do glúten exige cuidados.

jornal do Estado Curitiba – 10/maio/2006
http://www.jornaldoestado.com.br/2006/060510/espaco_3/saude/exc_internet018.


A Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) manifesta preocupação com relação à divulgação de uma nova dieta, sem comprovação médico-científica, que recomenda a exclusão do glúten da alimentação.
A dieta prega que todos os alimentos que contêm glúten devem ser eliminados das refeições, o que inclui pães, biscoitos e massas em geral. "É mais uma dieta da moda que pode comprometer a saúde das pessoas", diz o presidente da ABIP, Marcos Salomão.
Também preocupada com o interesse em torno da nova dieta a Sprim Box, multinacional francesa especializada em consultoria de comunicação e saúde, pesquisou sobre a seriedade do assunto e realizou levantamento junto a médicos, pesquisadores e nutricionistas.
O levantamento concluiu que a dieta de exclusão do glúten contradiz diretrizes amplamente publicadas por organizações de saúde, internacionalmente respeitadas, tais como OMS (Organização Mundial de Saúde) e ADA (American Dietetic Association).
Isso porque tais alimentos formam a base da pirâmide alimentar, sendo, portanto, definidos como essenciais na dieta. Assim, para manter uma alimentação saudável, as pessoas precisam se orientar para o consumo de alimentos variados, englobando todos os grupos existentes, tais como cereais, vegetais, gorduras, frutas, leite e derivados, carnes e leguminosas.
O glúten é uma proteína presente na aveia, cevada, centeio e trigo. Estudiosos consultados indicam o alimento, inclusive, como possível fonte de proteínas para vegetarianos e mostram que a ingestão de carboidratos é muito importante, pois eles são o combustível primário do nosso organismo. Além disso, aponta o levantamento, dietas pobres em carboidratos podem causar tontura, cansaço e confusão mental a princípio, diminuindo o rendimento no trabalho e na rotina diária, além de desestabilizarem o equilíbrio dos outros macro-nutrientes ingeridos.
Um dos médicos ouvidos, o presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE) e professor do Instituto de Nutrição da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Ricardo Rosenfeld, diz que "condenar o consumo de alimentos porque contêm glúten de maneira generalizada é desconhecer que trigo, cevada e aveia são parte da alimentação do ser humano desde seus primórdios. Além disso, todas as pirâmides alimentares, que indicam o que um indivíduo deve ingerir em seu dia-a-dia, têm esses alimentos em suas bases".

Algumas pessoas podem ter alergia ao glúten, manifestando, assim, a Doença Celíaca (DC). Dessa forma, o glúten deve ser evitado somente pelos portadores da doença celíaca. Segundo o levantamento, não há referência científica à necessidade de supressão de glúten por parte de pessoas não portadoras da doença.

A arte de não adoecer


· Se não quiser adoecer: "Fale de seus sentimentos".

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna, dores de cabeça, infecções, etc. Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a magoa, a tristeza, a decepção degenera até em câncer. Então vamos confidenciar, desabafar, partilhar nossa intimidade, nossos desejos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e poderosa terapia;

· Se não quiser adoecer - "Tome uma decisão".

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas,preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas eproblemas de pele.

· Se não quiser adoecer - "Busque soluções".

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

· Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências".

Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de estar bem, quer mostrar-seperfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso ... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seudestino é a farmácia, o hospital, a dor.

· Se não quiser adoecer - "Aceite-se".

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

· Se não quiser adoecer - "Confie".

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta defé em si, nos outros e em Deus. Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste". O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem a vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

· Se não quiser adoecer - "Alimente-se corretamente".

A comida é o combustível do nosso corpo. Nós somos o que comemos! Cuide do melhor lugar que você tem pra morar - "O seu corpo".

ALERTA - Novo serviço da Polícia Federal

A Polícia Rodoviária Federal criou um serviço chamado ALERTA para registro de carros roubados/furtados.

Se você fizer o cadastro no site informado abaixo, será enviado um e-mail para mais de 400 locais de blitz da Polícia Rodoviária Federal, além de 480 viaturas que possuem comunicação via satélite.

Site da Polícia Rodoviária Federal: http://www.dprf.gov.br

Em ano eleitoral, escolha bem os seus candidatos.

Extraído do Boletim Rede de Petrópolis

Escolha bem os seus candidatos, seja muito criterioso e exigente!

“Cresceu a distância entre as expectativas da maioria da população e a realidade política nacional em razão da maneira de agir dos que detêm o poder, tanto no executivo, quanto no legislativo. As denúncias de corrupção mostraram o conluio entre o público e o privado nas relações de poder e sustentação da representação parlamentar.
A onda neoliberal que invadiu na última década todas as decisões políticas e econômicas continua a ser, na prática, um poder independente. Por mais que se pressione o executivo, este permanece fiel a princípios ortodoxos internacionais que ditam as políticas dos países, deixando pouco espaço para planejamentos e decisões em favor do bem comum.
O que se espera num ano eleitoral, último reduto da democracia e participação popular, é um amplo debate e mobilização em torno de questões que realmente interessem ao povo. Por enquanto, infelizmente, tudo gira em torno de nomes e pesquisas. Pouco se discute sobre mudanças e propostas de um país mais justo e transparente.
A grande esperança é que surjam propostas afinadas com os objetivos das lutas sociais, comprometidas com os enormes desafios que ainda o país não conseguiu superar, tais como, a terra para quem nela trabalha, moradia digna, serviços públicos que garantam direitos universais e inalienáveis, meio ambiente preservado, educação pública de qualidade, saúde e segurança alimentar ao alcance de todos.
Em poucas palavras, a grande esperança é concretizar, começando pelo voto, um projeto de país livre, soberano e justo, abandonando-se o caminho perigoso de se buscar prioritariamente a satisfação dos interesses imediatos de uma sociedade de consumo.
A perspectiva de grandes mobilizações que resgatem a força dos movimentos sociais é o grande sonho de cada brasileira e de cada brasileiro de coração ansioso por mais humanidade, mais solidariedade e superação das violências estruturais e suas conseqüências.
A base de um novo Estado, democrático e transparente, exige o povo nas ruas. A dignidade desse povo é o critério maior da escolha de pessoas e indicação dos caminhos a serviço de um novo projeto de nação.
Em ano eleitoral, vale a pena voltar a apostar na superação de ideologias opressoras e da hegemonia do dinheiro.
Todos nós só temos a ganhar com a eleição de uma representação política capaz de lutar para vencer os desafios de um crescimento com justiça e humanidade.”

Roubo de celulares com chips


VAMOS ACABAR COM O ROUBO DE CELULARES.

A DICA É MUITO INTERESSANTE, ATÉ PORQUE POUCA GENTE TEM O HÁBITO DE LER MANUAIS.
Agora com esta história do "Chip", o interesse dos ladrões por aparelhos celulares aumentou.
É só comprar um novo chip por um preço médio de R$ 30,00 em uma operadora e instalar em um aparelho roubado.
Com isso, está generalizado o roubo de aparelhos celulares.

Segue então uma informação útil que os comerciantes de celulares não divulgam
Para obter o número de série do seu telefone celular (GSM), digitem *#06# Aparecerá no visor um código de 15 algarismos. Este código é único!!! Escrevam-no e conservem-no com cuidado.

Se roubarem seu celular, telefonem para sua operadora e informem este código. O seu telefone poderá então ser completamente bloqueado, mesmo que o ladrão mude o "Chip".

Provavelmente você não recuperará o seu aparelho, mas quem quer que o tenha roubado não poderá mais utilizá-lo.

Se todos tomarem esta precaução, o roubo de celulares se tornará inútil. Enviem isto a todos e anotem o seu número de série!

JÁ ANOTEI O MEU NÚMERO DE SÉRIE E SUGIRO QUE FAÇAM O MESMO.

Rasgue a lista telefônica


Uma boa dica para achar os telefones e endereços de pessoas, inclusive com mapa da área e foto de satélite. É o site que tem a vantagem sobre o Riolistas por ser internacional.

Experimentem, é simplesmente fantástico!!!

Teste com o seu nome e veja o mapa detalhado do seu endereço, inclusive o mapa via satélite em escala menor.

Não há mais necessidade de usar (no Brasil) o 102, que é cobrado a cada ligação.

Os mapas são perfeitos e podem ser movidos em qualquer direção, para abrangerem maiores áreas.

Viva a tecnologia!!!!!!!

Acesse: http://www.helplistas.com.br

Você sabe onde jogar fora o óleo das frituras?

Hugo Rodolfo Binder (*)

Mesmo que não façamos muitas frituras, quando o fazemos, jogamos o óleo na pia ou por outro ralo, certo? Este é um dos maiores erros que podemos cometer. Por que fazemos isto, perguntam vocês. Porque infelizmente ninguém nos diz como fazer, ou não nos informamos. Sendo assim, o melhor que tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico (por exemplo, as garrafas pet de refrigerantes), fechá-las e colocá-las no lixo normal (ou seja, o orgânico).

UM LITRO DE ÓLEO, CONTAMINA CERCA DE 1 MILHÃO DE LITROS DE ÁGUA.

O equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos. De nada adianta criticar os responsáveis pela poluição da baía de Guanabara (RJ), rio Paraíba (PB), bacia do Tiete (SP) etc... se não fizermos a nossa parte será muito difícil.

Só o homem degrada o meio ambiente.
Só o homem pode recuperá-lo.

(*) Hugo Rodolfo Binder é Eng. Sanitarista e Ambiental da Samae-Rio Negrinho

Ajude a sanear o Congresso e as Câmaras estaduais e municipais

Autor: Sergio L. M. Rocha(*)

A sociedade esclarecida precisa ajuda a sanear o Congresso Nacional e as Câmaras estaduais e municipais, seja através do voto, seja através de denúncias que comprovem ser o parlamentar um elemento nocivo ao país.

Nenhum governante, seja prefeito, governador ou presidente, por melhor e mais bem intencionado, governará plenamente enquanto elementos venais, corruptos e mal-intencionados estiverem ocupando cargos no legislativo.

Ao eleitor compete valorizar e dignificar o seu voto.

Já é hora do eleitor começar a observar e selecionar candidatos, independente de partidos políticos, que merecerão o seu voto. Deixar para última hora pode não ser uma boa decisão.

Os episódios recentes das CPI´s, Conselho de ética da Câmara, etc, permitem separar bem o joio do trigo, apesar de muitas “raposas” terem feito se passar por inofensivos “coelhinhos”, outros simplesmente utilizaram a presença nas sessões das CPI´s apenas para fazerem um marketing barato e enganar as pessoas.

Sabemos que, infelizmente, a quantidade eleitores que trocam o seu voto por alguma vantagem pessoal não é pequena. Sabemos também que a quantidade de eleitores que não possuem discernimento para fazer uma seleção de qualidade e austera é muito grande, talvez a maioria, daí a dificuldade de fazermos uma limpeza no Congresso e nas Câmaras como requer o momento.

O voto consciente, é o mais importante.

Caso o eleitor não consiga selecionar um candidato que mereça a confiança do seu voto, é melhor anular o voto do que escolher um candidato qualquer e que, por certo, terá o nome esquecido tão logo terminem as eleições.

No Brasil o voto é obrigatório, mas a escolha não.


(*) Sergio L. M. Rocha é Administrador de empresas CRA-RJ e Consultor.

Guia Rodoviário

A PETROBRAS em parceria com a Maplink disponibilizou em seu site o "GUIA RODOVIÁRIO" urbano e rodoviário.

Você indica a cidade de origem e a cidade de destino, o consumo do seu veículo e o preço do litro de combustível.

Com essas informações, o sistema traça a rota (inclusive com "zoom" de cada trecho), calcula distâncias, informa a condição das vias, calcula o gasto com combustível, mostra para você a localização dos postos de abastecimento (postos BR...é claro).

Clique no link abaixo para acessar. http://maplink.uol.com.br/petrobras2/index.htm

A ação da glicosamina na artrite e na artrose

A artrite não é uma doença, mas um grupo de patologias cujas conseqüências vão desde a dor localizada, até inflamação e limitação do movimento das articulações. A artrite é considerada uma epidemia em todo o mundo. Só no Brasil existem cerca de 30 a 40 milhões de pessoas que sofrem de algum tipo de artrite ou artrose, nos Estados Unidos, são 50 milhões.

Mais de 90 por cento desses pacientes vivem com dores horrorosas provocadas por deficiências nas cartilagens das pontas dos ossos das articulações. Onde exista uma cartilagem degenerada, o osso roça e provoca a dor.

Entre os reumatologistas e ortopedistas, a tendência é dar a doença como incurável e receitar analgésicos, mais ou menos fortes e todos com efeitos colaterais, aos seus pacientes. E nos casos mais graves é recomendada a cirurgia para a colocação de próteses.

No entanto uma grande parte das cirurgias ósseas (próteses) em conseqüência da artrose poderiam ser evitadas! As dores podem ser reduzidas a zero. A cura é possível. Sem quaisquer efeitos colaterais!

O problema da artrose é muito grave, quase todas as pessoas acima de 50 anos de idade estão afetadas. Chegam a existir até Grupos de Pacientes Artríticos, pelo menos no Rio de Janeiro e em São Paulo (GRUPARJ e GRUPASP).

A ausência ou diminuição nos níveis de Glicosamina no organismo é a principal causa da não regeneração dos tecidos cartilaginosos que envolvem as articulações e que são de extrema importância para a proteção óssea. Desse modo, o desgaste promovido no tecido cartilaginoso pelas atividades diárias, não é compensado pela regeneração promovida pela Glicosamina. Algumas vezes, o desgaste da cartilagem nas juntas é tão acentuado que os ossos que a compõem passam a se tocar causando fortes dores no local e conseqüente desgaste do tecido ósseo. Esse quadro que caracteriza a osteoartrite é praticamente inevitável, principalmente naquelas pessoas com idade acima dos 50 anos. As áreas do corpo mais atingidas são os joelhos, o quadril e os dedos.

Um dos papéis fisiológicos primários do sulfato de glicosamina é estimular a síntese de substâncias necessárias para o funcionamento adequado das articulações. Este composto possui a capacidade de estimular a síntese de proteoglicanos, inibindo a degradação destes e estimulando a regeneração das cartilagens após danos induzidos experimentalmente. O sulfato de glicosamina promove ainda a incorporação de enxofre ao tecido cartilaginoso.

O mecanismo de ação do sulfato de glicosamina é provavelmente muito semelhante ao do sulfato de condroitina que também gera substratos para a síntese de proteoglicanos. Bassleer e colaboradores demonstraram, in vitro, que os sulfatos de glicosamina e condroitina apresentam efeitos estimulatórios na produção de proteoglicanos por diferentes culturas de condrócitos articulares humanos.

No Brasil, que também está muito atrasado em relação à Europa e EUA, ao que se sabe, nove em cada 10 médicos brasileiros, reumatologistas e ortopedistas, ignoram a sua existência. Ainda de acordo com a mesma fonte, essa ignorância existe por falta de divulgação. E a falha só pode ser atribuída ao desinteresse dos laboratórios, aqui como nos Estados Unidos, pela produção dos dois nutrientes que por serem “nutrientes” (uma espécie de vitamina) não podem ser patenteados. Sem patentes, não há como investir dinheiro em pesquisas, na produção e divulgação dos produtos, pois esses grandes laboratórios farmacêuticos internacionais vivem do direito exclusivo de explorar suas patentes durante anos.

Existem no Brasil, umas poucas empresas que importam o produto dos EUA e divulgam junto à classe médica, o que confirma a suposição de que alguns médicos brasileiros já conhecem os citados produtos e sua capacidade na prevenção da artrite e no combate à artrose.

Mas o médico fisiatra ou ortopedista pode receitar o sulfato de glicosamina que poderá ser feito em farmácias de manipulação.


Mais informações no site : http://www.cerir.org.br/
A Dra. Rina Dalva Neubarth Giorg, Mestre em Reumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médica Chefe da Seção de Diagnóstico e Terapêutica do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo "Francisco Morato de Oliveira" e Presidenta da Sociedade Paulista de Reumatologia no Biênio 2000-2001.dá mais informações no site : http://www.cerir.org.br/

Mãe

MÃE
Mario Quintana


“Mãe...São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!”

Às mães.

Fonte: APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Trav. do Possolo, 11, 3º
Lisboa


“Às Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes, com os filhos amados ao peito, ao colo ou em seu redor; e às que choram, doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos;

- Às Mães ainda meninas, e às menos jovens, que contra ventos e marés, ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma gravidez - talvez inoportuna e indesejada – por saberem que a Vida é sempre um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado;

- Às Mães que souberam sacrificar uma talvez brilhante carreira profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus filhos e às que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam ser firmes e educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos caprichos dos seus filhos adolescentes;

- Às Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar...;

- Às Mães solitárias, paradas no tempo, não visitadas, não desejadas, e hoje abandonadas num qualquer quarto, num qualquer lar, na cidade ou no campo, e que talvez não tenham hoje, nem uma pessoa amiga que lhes leia ao menos uma carta dum filho...;

- Às Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil razões não tiveram outra Mãe...e finalmente, também às Mães queridíssimas que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e conquistado a pulso e sacrifício...”

Às Mães, a todas sem excepção, um Abraço e um Beijo cheios de simpatia e de ternura!

E Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite!

E Obrigado, mesmo que ninguém mais vos agradeça! ”

Retrato de mãe.

tradução do original de D. Ramóm Angel Jara Bispo e Orador Chileno

“ Uma pessoa que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus, e muito de anjo pela incansável solicitude dos cuidados seus;
Uma pessoa que, ainda jovem, tem a tranqüila sabedoria de uma ancião(ã) e, na velhice, o admirável vigor da juventude;
Se de pouca instrução, desvenda com intuição inexplicável os segredos da vida e, se muito instruída age com a simplicidade de uma criança;
Uma pessoa que sendo pobre, tem como recompensa a felicidade dos que ama, e quando rica, todos os seus tesouros daria para não sofrer no coração a dor da ingratidão;
Sendo frágil, consegue reagir com a bravura de um leão;
Uma pessoa que, enquanto viva, não lhe damos o devido valor, porque ao seu lado todas as dores são esquecidas; entretanto quando morta, daríamos tudo o que somos e tudo o que temos para vê-la de novo ao menos por um só momento, receber dela um só abraço, e ouvir de seus lábios uma só palavra.
Dessa pessoa não me exijas o nome, se não quiseres que turve de lágrimas esta lembrança, porque... já a vi passar em meu caminho.
Quando teus filhos já estiverem crescidos, lê para eles estas palavras.E, enquanto eles cobrem a tua face de beijos, conta-lhes que um humilde peregrino, em paga da hospedagem recebida, deixou aqui para todos o esboço do retrato daquela pessoa que verdadeiramente soube ser sua MÃE.

Mães más.

Dr. Carlos Hecktheuer - Médico Psiquiatra

“ Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão. Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar". Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos. Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos. Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe dissemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil".

Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.

- A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar). Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:

- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

- FOI TUDO POR CAUSA DELA.

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MUITO MAUS", como minha mãe foi...

CREIO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS.”

Por que as mulheres são tão maravilhosas

Texto de Carlos Drummond de Andrade

“ A Mãe e o Pai estavam assistindo televisão, quando a Mãe disse:

- Estou cansada e já é tarde, vou me deitar!

- Foi à cozinha fazer os sanduíches para o lanche do dia seguinte na escola, passou água nas taças das pipocas, tirou a carne do freezer para o jantar do dia seguinte, confirmou se as caixas dos cereais estavam vazias, encheu o açucareiro, pôs tijelas e talheres na mesa e preparou a cafeteira do café para estar pronta para ligar no dia seguinte;

- Pôs ainda umas roupas na máquina de lavar, passou uma camisa a ferro pregou um botão que estava caindo. Guardou umas peças de jogo que ficaram em cima da mesa, e pôs o telefone no lugar;

- Regou as plantas, despejou o lixo, e pendurou uma toalha para secar;
- Bocejou, espreguiçou-se, e foi para o quarto;

- Parou ainda no escritório e escreveu uma nota para o Professor do filho, pôs num envelope junto com o dinheiro para pagamento de uma visita de estudo, e apanhou um caderno que estava caído debaixo da cadeira;

- Assinou um cartão de aniversário para uma amiga, selou o envelope, e fez uma pequena lista para o supermercado. Colocou ambos perto da carteira.

- Nessa altura, o Pai disse lá da sala: “Pensei que você tinha ido se deitar”;

- “Estou a caminho” respondeu ela. Pôs água na tijela do cão e chamou o gato para dentro de casa. Certificou-se de que as portas estavam fechadas. Espreitou para o quarto de cada um dos filhos, apagou a luz do corredor, pendurou uma camisa, atirou umas meias para o cesto de roupa suja e conversou um bocadinho com o mais velho que ainda estava estudando no quarto;

- Já no quarto, acertou o despertador, preparou a roupa para o dia seguinte e arrumou os sapatos;

- Depois lavou o rosto, passou creme, escovou os dentes e acertou uma unha quebrada;

- A essa altura, o pai desligou a televisão e disse: “Vou me deitar”.

- E foi. Sem mais nada.

- Notaram aqui alguma coisa de extraordinário?

- Ainda se perguntam por que é que as mulheres são tão MARAVILHOSAS? ”

Bebam água.

Dr. Ícaro Alves de Alcântara (*)

Há cerca de um ano, atendi no HFA uma senhorita dos seus "quase 30 anos” com uma ENXAQUECA bastante comum: Cefaléia (Dor de cabeça).
A paciente relatava que já havia passado por otorrinos, oftalmo, neuro, clínico e até endocrinologista, com as prescrições dos mais diversos tratamentos e a presunção de várias hipóteses diagnósticas, sem qualquer melhora, entretanto. Durante sua consulta, entre várias perguntas habituais, questionei o quanto de ÁGUA ela bebia por dia e de que forma (ou seja, com qual periodicidade).
A mesma me afirmou que bebia pouquíssima água, porque não sentia sede, principalmente à noite.
Após várias outras perguntas, suspendi todos os medicamentos e disse-lhe que ela precisava apenas TOMAR ÁGUA adequadamente.
Um tanto quanto descrente, ela voltou para casa.
Após apenas uma semana, retornou contando que não sentia mais dor de cabeça, que seu intestino funcionava melhor e que sua disposição havia melhorado.
Milagre?
Não, todos nós sabemos o quanto é importante uma ingestão adequada de água diariamente, mas quase sempre negligenciamos.
Todos os organismos vivos apresentam de 50% a 90% de água em si.
O próprio corpo humano é constituído em 70% POR ÁGUA que, em constante movimento, hidrata, lubrifica, aquece, transporta nutrientes, elimina toxinas e repõe energia...
Entre inúmeras outras utilidades!
Preconiza-se o número de 1 copo de 200ml de água por hora em que se estiver acordado.
Assim sendo, a ingestão de água deve ser independente da sede, constante e rigorosa. E não adianta deixar para tomar os 2 a 3 litros necessários diariamente de uma só vez.
Estudos mostram que o estômago capacita apenas 12ml/kg/hora, ou seja um adulto não conseguirá tomar mais de um litro de uma só vez sem "passar mal".
Se você ainda não se convenceu, observe:
- Cabelos - falta de vitalidade; Couro cabeludo - descamação;
- Concentração - distúrbios; Sono e Memória – com perda da disposição para realização das atividades diárias, em virtude da circulação cerebral por baixa quantidade de água que faz o sangue ficar mais "viscoso" e "grosso", de circulação mais lenta;
- ressecamento dos olhos e tecido das vias aéreas que com baixa umidade, sofrem lesões com mais facilidade por ficarem mais frágeis, assim tornando-se mais propensos a inflamações e infecções;
- conjuntivites; sinusites; bronquites; pneumonias;
- lesões da pele com aparecimento de cravos e espinhas pela não eliminação adequada das toxinas via pele e seu acúmulo local;
- queda e enfraquecimento dos pêlos;
- baixa produção de saliva;
- distúrbio no aproveitamento adequado de vitaminas e sais minerais, com excesso em alguns lugares e falta em outros, levando a cãibras, dormências, perdas de força muscular e problemas ósseos dentais;
- respiração dificultada, por vezes levando à falta de ar, sobretudo nos exercícios físicos;
- constipação e por vezes, sangramento retal (devido a fezes ressecadas, endurecidas que lesam o tecido intestinal ao moverem-se em seu interior);
- impotência ou disfunções eréteis ou, no caso das mulheres, sangramentos vaginais.
É certo que há água nos alimentos, mesmo os sólidos, mas a complementação da ingestão diária de água deve ser feita, periodicamente.
Uma forma de se observar se a quantidade de água é adequada, é observar a cor da urina, que deve ser incolor. Quanto mais forte, pouca ingestão de água está sendo feita.
Vale lembrar que é sempre bom evitar bebidas alcoólicas, ou não alcoólicas, que apesar de serem diuréticas evitam que se beba a água.
Evite também, a ingestão de água pelo menos meia hora antes do almoço, para não prejudicar a digestão.
Uma curiosidade:
Há trabalhos científicos evidenciando que muitos tratamentos com medicações orais, sobretudo anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e anti-hipertensivos não alcançam o devido sucesso em virtude da baixa ingestão de água por parte do paciente; isto se deveria tanto à má circulação da substância pelo corpo quanto à má absorção da mesma no intestino, processo este dependente da água como veículo de transporte para a substância.
(*) Dr. Ícaro Alves de Alcântara é médico docente da disciplina SEMIOLOGIA do UNICEUB - Centro Universitário de Brasília

O valor do silêncio na visão indígena.

Texto traduzido por Leela, Porto Alegre: "Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn


"Nós os índios, conhecemos o silêncio.
Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento.

"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes.

E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.

Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo, mas não vou interromper-te.

Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.

Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.

Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.

Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.”

Menkaiká

Nós somos é do Bé-Bé_Bé.

João Ubaldo Ribeiro (*)

“Acho que ando numa fase temerária, correndo riscos que uma pessoa sensata evitaria. Na semana retrasada, arrisquei-me de duas maneiras, a formal e a informal. Formalmente, arrisquei-me a ser acusado de algum delito contra a honra. Informalmente, arrisquei-me a que mobilizassem todos os recursos ao alcance do poder público para me complicar. Se fazem isso com um caseiro, imaginem com um membro das elites, como os colunistas de jornal são classificados. Tenho procurado precaver-me e, até tentei tomar certas medidas preventivas. Confrontado com um desconto de quase 40% no que me pagam pelos meus livros, pensei em oferecer logo a metade, ou 80%, ou o que quiserem, para ver se assim seguro qualquer outra represália, se bem que 80% do que ganho não deva dar para um jantar de pizza com belos vinhos, como os de Brasília. Mas já seria o suficiente para a gorjeta do garçom - e creio que as gorjetas em Brasília são pagas com os famosos cartões de crédito do governo - crédito para eles, débito para nós, é claro.

Hoje, decidi que me arriscarei a ser qualificado de subversivo, embora o termo tenha saído da moda. Mas nada impede sua volta, de maneira que me apresso a explicar que não estarei pregando a subversão, Deus me defenda. Vou apenas fazer umas comparações, com as quais desejo demonstrar a singularidade brasileira face a outras nações, inclusive e principalmente as desenvolvidas. Comparar, espero eu, não é subversivo.
E provar a nossa singularidade é quiçá um ato de amor à pátria, apesar de talvez um pouco exagerado.

Não quero, com o que vou dizer, que façamos o que outros fazem, notadamente cometer atos de violência. Quero só lembrar como somos subservientes e ovinos e quem estiver com a caneta pode fazer o que quiser conosco, que nós agüentamos, no máximo com uma chiadazinha aqui e ali. Os funcionários públicos e os ocupantes de cargos eletivos agem como se fossem - e na prática são - nossos patrões. Até a elaboração das leis, atribuição do Poder Legislativo, foi tomada pelo Executivo, através das medidas provisórias, que, na ditadura de Vargas, eram chamadas de decretos-leis. Claro, qualquer jurista interessado poderá argumentar que isto é uma asneira, até porque dirá que vivemos numa democracia - ao que, enquanto me algemam, responderei que, além de não saber o que é democracia, ele deve estar é se dando bem na lama.

Vejam o que aconteceu na França, por exemplo. Não interessa agora discutir os problemas da França ou quem tem razão na briga. O que interessa é registrar que, quando confrontada com uma canetada do poder que não lhe agradava, a francesada foi às ruas mostrar quem são os donos do país e a lei, já promulgadinha e tudo, acabou sendo revogada, porque lá os governantes não são patrões do povo. Se fosse aqui, o máximo que haveria seriam protestos de jornalistas e de freqüentadores de boteco. A lei seria devidamente engolida e ponto final, pois engolimos tudo.

Não posso conceber país nenhum em que, com a caneta do poder, um presidente ou premier prendesse o dinheiro de todo mundo, como fez o ex-presidente Collor, e ficasse tudo por isso mesmo. Não ficava. É absolutamente inimaginável, não somente para países desenvolvidos como para subdesenvolvidos também, como de vez em quando vemos na tevê ou lemos em algum lugar. Na França, então, meu Deus do céu, seriam capazes até de retirar a guilhotina da aposentadoria, como sabe qualquer um que já tentou mexer com dinheiro de francês. Em relação à lei do primeiro emprego que o governo da França promulgou e o povo revogou, acredito que a nossa reação principal seria no Rio mesmo, com um grupo de uns 500 caras-pintadas carregando faixas e abraçando o edifício do Tribunal Regional do Trabalho. Bem, talvez não 500, mas pelo menos 200, contando o pessoal que aparece para paquerar.

Recordo o nosso querido Portugal (onde, aliás, não somos mais tão queridos, agora que quem emigra para lá somos nós e não eles para cá - nada como um dia depois do outro). Se decretassem a CPMF em Portugal, o
aconselhável seria fugir de Lisboa ou buscar asilo numa embaixada. Não quero nem pensar na reação popular, notadamente quando se comprovasse o que se sabia desde o início, ou seja, que não haveria nada de provisório
nesse novo assalto ao nosso bolso. Verdade, Portugal viveu décadas sob uma ditadura, mas, quando achou a hora, fez uma revolução nada cordial, apesar do nome de Revolução dos Cravos. Quem estava lá na ocasião poderá testemunhar. Aqui não. Aqui a CPMF veio para ficar e ninguém reclama mais, os homens ordenam e a gente faz, pois, afinal, quem manda são eles, o Brasil é deles.

Toda a bandidagem que temos testemunhado e tudo o que se fez de mal ao povo, não só neste governo como nos anteriores (o atual acha que a grande solução social é dar esmolas com nomes artísticos e o dinheiro da classe média e dos próprios pobres), não nos move a nada, a não ser a resmungos e uns eventuais gritinhos. Vai-se engolindo tudo como vassalos de suseranos tirânicos e ainda se é obrigado a tolerar afirmações como "nunca se investigou tanto o governo neste país", como se isso não fosse mera obrigação e erros anteriores justificassem erros atuais, principalmente da parte de quem veio para mudar - mudar de apartamento para mansão, em alguns casos. Portanto, carneiros sendo, carneiros continuaremos a ser e suspeito até que, se baixassem uma medida obrigando todos os assalariados a pôr suas mulheres à disposição do governo, como os japoneses fizeram com os coreanos, alguns protestariam, outros matariam as mulheres (nossa solução mais tradicional para problemas com mulheres), mas a maioria, depois de queixas logo esquecidas por causa da Copa, emitiria o mesmo "bé" de sempre. Ou "mu", no caso.”
(*) João Ubaldo Robeiro é escrito e jornalista do O GLOBO.

A revolução dos probos. (SR)

Autor: Sergio L. M. Rocha (*)

Diante a tudo que temos assistido nos últimos tempos, a única saída que vejo para o nosso país, são as pessoas que se consideram probas reagirem promovendo uma nova revolução.

Não uma revolução pelas armas de fogo, mas sim pelo fogo das armas do bom comportamento, da ética, da honestidade, da dignidade, do profissionalismo, do bom caráter, da solidariedade, do respeito à coisa pública, da integridade, do valor pessoal, da moral, do cumprimento às leis.

Os probos, por mais humildes que sejam, precisam reagir de forma firme e contundente, ao invés de ficarem apenas indignados e reclamando com seus conhecidos ou pelos jornais.

Os probos precisam se orgulhar do que são, precisam assumir publicamente, de maneira clara e inequívoca, a defesa daquilo que acham certo e errado, sem medos.

Os probos, no meio em que vivem, precisam lutar contra os maus cidadãos, seja quem for - corruptos e corruptores; desonestos; seguidores da ”lei de Gérson” – “o negócio é levar vantagem em tudo, certo!”, ou de Maquiavel onde “os fins justificam os meios”; os pequenos ditadores; os não éticos; os pústulas que estão entranhados em todos os segmentos da sociedade.

Roubar, enganar, tripudiar, passar os outros pra trás, têm que ser repelidos pela grande maioria da população. Não podem de maneira alguma constituir algo que valorize a pessoa que se julga a mais “esperta” ou “ a maior”, por que o resto é otário.

Os probos conhecem bem os que prestam e os que não prestam no seu pequeno círculo de convivência, sejam amigos, colegas, parentes, etc.

Precisam lutar para assumir posições decisórias, precisam se organizar, precisam desenvolver mecanismos que lhes permitam identificar melhor os que dele se aproximam ou quem ele convivem, e principalmente, constituir uma grande comunidade de probos.

Os pústulas manifestam abertamente suas posições e se orgulham disso e por isso se fortalecem, atraindo desta forma outros indivíduos que como eles , pensam e agem.
Diz o velho ditado que “pássaros de mesma pena voam juntos”, então porque os probos também não passam a assumir abertamente suas posições e valores, atraindo assim os seus semelhantes.

Que a revolução dos probos se faça logo, para o bem de todos e do nosso país.


(*) Sergio L. M. Rocha é Administrador de empresas CRA-RJ e Consultor.

Uma oportunidade perdida.

jornalista Luiz Paulo Horta

“Fala-se muito na nossa crise de valores. Isso parece levar a uma certa perplexidade. Há valores que a gente traz do berço, ou da mais tenra infância. Quem não carrega consigo essa herança afetiva tende a se enredar nas malhas da vida. O Brasil cresceu, como se sabe, no bojo de uma economia escravagista. Terminada a escravidão oficial, a herança que ela deixou era tão pesada que até hoje vergamos ao peso das desigualdades sociais. Não conseguimos chegar a um acordo sobre políticas públicas que realmente liquidem ou atenuem a desigualdade. (basta ver a discussão tão cega sobre assuntos de educação, onde a ênfase foi posta na universidade, quando devia estar no ensino fundamental).
Eis que, de repente, surge um líder popular, de origem sindical, dotado de talento e capacidade de liderança. Ele se apresenta como alguém capaz de levar ao poder ideais considerados de esquerda sem trazer na mala o ranço ideológico que sempre mantinha, aqui, a esquerda afastada do centro do poder. Era a ponte entre o Brasil de baixo e o Brasil de cima; a Revolução brasileira feita sem derramamento de sangue – e, não por acaso, brilharam os olhos de estrangeiros (sobretudo franceses) que gostam de trajetórias políticas inovadoras.
O sonho pareceu tornar-se realidade num processo eleitoral que ninguém contestou. Mas eis que, de repente, instala-se a névoa sobre os palácios brasilianos; e, aos poucos, emergem dessa névoa sinais inequívocos da degenerescência que se costuma associar ao exercício do poder. È esse eclipse de valores que hoje nos angustia. E às vezes é mais fácil sentir o que é um valor pela sua própria ausência.
A verdade é um valor: falar às claras, agir de acordo com o que se pensa. Mas, agora, é o próprio núcleo do poder que toma acintosamente distância em relação à verdade; que trata a verdade como objeto de barganha, de manipulação. E quando essa lição vem do centro do poder, não é de espantar que tudo o mais pareça tão fora do lugar.”

Voto nulo anula eleição?

Fernando Beltrão Lemos Monteiro – Jus Navigandi 02.04.2006
advogado em São Paulo (SP), pós-graduando em Direito Tributário (COGEAE) e Direito Civil (IASP)


Nossa Constituição Federal reza, em seu artigo 1º: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Tal liame institucional funda-se na assertiva de que o povo é o legítimo possuidor da soberania e do poder adjacente, conforme se pode depreender da significação semântica de República, brilhantemente preconizada por Cícero.

Hodiernamente nos deparamos com diversas informações incongruentes sobre os elementos atinentes a esta derivação da vontade popular, consubstanciada na efetivação da representatividade popular. Vislumbramos "correntes" propaladas pelo meio cibernético, manifestando-se acerca do inconformismo popular diante da governabilidade decorrente e pela falta de opções na hora do voto.

Partindo deste prisma, ressalto um e-mail que anda circulando pela internet, instruindo os cidadãos a votarem nulo, objetivando, desta feita, a realização de outra eleição, diante da prejudicialidade eivada no pleito previamente realizado.

É crível que não interessa aos governantes a elucidação de tais conceitos e dizeres normativos, diante da perpetuação do abismo que alberga a efetiva governabilidade e os legítimos possuidores do poder: o povo.

Em 2006, conforme preceitua nosso Código Eleitoral, teremos a eleição para deputados federais, senadores e suplentes, presidente e vice-presidente da República, governadores, vice-governadores e deputados estaduais. Insta inferir que a análise proposta pelo presente texto é adstrita às eleições para Presidente da República.

Mister esclarecer que há um equívoco na interpretação da norma eleitoral, na medida que o artigo 224 prescreve: "art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias. "

Assim, estando adstrito a uma análise exegeta da Lei, pode-se inferir a conclusão de que os votos nulos acarretariam a conseqüência precípua do aludido artigo, prejudicando a votação. Entretanto, no mesmo Código, o artigo 220 e seus incisos arrola as hipóteses em que a votação é nula: (i) quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei; (ii) quando efetuada em folhas de votação falsas; (iii) quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas; (iv) quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios; e (v) quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 135.

Assevera-se que o rol em elenco não é exemplificativo e sim taxativo, afastando sobremaneira a hipótese de anulação da votação em face da incidência dos votos nulos em mais da metade dos votos do país.

Destarte, verifica-se que os votos nulos, diferentemente do que bravejam os dissidentes de Bakunin, não são votos de protesto. Em nenhuma norma resta vislumbrado tal conceito.

Com espeque na norma juridicamente válida, entende-se que voto nulo é o voto dado a candidatos inelegíveis ou não registrados; serão nulos também os votos se o seu número for suficiente para alterar qualquer representação partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio majoritário, tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos recursos das decisões que as deferiram, desde que tais recursos venham a ser providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior; será nulo o voto dado ao candidato que haja pedido o cancelamento de sua inscrição; serão nulos os votos quando forem assinalados os nomes de dois ou mais candidatos para o mesmo cargo e quando a assinalação estiver colocada fora do quadrilátero próprio, desde que torne duvidosa a manifestação da vontade do eleitor (inviável na maioria dos casos, com o advento da urna eletrônica).

Tornando ainda mais risível a manifestação dos românticos anarquistas, prescreve o artigo 211 do Código Eleitoral, que será eleito para Presidente da República o candidato mais votado com a maioria absoluta dos votos, excluindo-se os brancos e os nulos, ou seja, não é feita qualquer distinção quanto as duas categorias.

Saliente-se que o artigo 213 do Código Eleitoral assevera que, não se verificando a maioria absoluta, o Congresso Nacional, dentro de quinze dias após o recebimento da respectiva comunicação do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, reunir-se-á em sessão pública para se manifestar sobre o candidato mais votado, que será considerado eleito se, em escrutínio secreto, obtiver metade mais um dos votos dos seus membros.

Decorrida tal apuração e não alcançada a maioria absoluta, renovar-se-á, até 30 (trinta) dias depois, a eleição em todo país, na qual concorrerão os dois candidatos mais votados, cujos registros estarão automaticamente revalidados (art. 213, §1º, Cód. Eleitoral).

Diante dos elementos aqui abarcados, é insofismável que o voto não deve ser utilizado como meio de protesto e sim como ferramenta hábil para se exercer a cidadania inerente ao Estado de Direito. Por derradeiro, todo e qualquer ato neste sentido deve ser rechaçado de plano, pois representa um retrocesso nos direitos adquiridos ao longo de nossa história.

Autismo e as emoções

Christian Gauderer (*)

Poucos distúrbios ou doenças causam mais perplexidade, confusão, ansiedade e incomodam o ser humano que os psiquiátricos. Qualquer doença tem o seu sofrimento, estigma ou preconceito social porém umas mais do que as outras. Existe inclusive um movimento de mudança entre elas. A tuberculose já foi motivo de vergonha e terror entre uma família, mas hoje em dia não causa mais isto, por ser altamente tratável. A lepra não teve este êxito e a sociedade ainda a estigmatiza. A sífilis e outras doenças transmissíveis apesar de tratáveis geram escárnio, pois têm a ver com sexo, um outro tabu. Outras doenças parecem dar até “status”, como o infarto ou a úlcera gástrica, e são relacionadas a pessoas dinâmicas, ativas, do “tipo executivo” que, devido a tantas e importantes decisões, não resistiram ao “stress”.

O câncer, que ao mesmo tempo atemoriza e intriga, está em destaque. Fala-se em novas fronteiras, sendo que para alguns tipos já se descobriu a cura. A esperança é um fato concreto. Mas dos males do ser humano, nenhum se defronta com tanto preconceito e estigma, tanta desinformação, fantasia e absurdos como as doenças ditas psiquiátricas.
Chega-se inclusive ao extremo de questionar se certas patologias, como a esquizofrenia, seriam realmente uma doença ou apenas uma nova forma adaptativa de vida. Ou seja, uma variação normal, em uma sociedade doente.Esta situação agrava-se ainda mais pelo fato das doenças psiquiátricas serem as mais negadas, inclusive pela própria comunidade médica. Identifica-se uma úlcera, diagnostica-se uma pneumonia, mas o suicídio não passa de um “acidente”. Em conclusão, doenças psiquiátricas ou comportamentais são reconhecidas e diagnosticadas com enorme dificuldade. Não que sejam de difícil identificação, mas elas “mexem” e nos obrigam a questionar áreas muito delicadas e sensíveis do ser humano, ou seja, o nosso próprio comportamento.E delas, a meu ver, a mais trágica, a que causa maior perplexidade e gera o maior tumulto emocional é o autismo.Essa perplexidade confunde e pode alterar a objetividade científica do profissional. Vai sem dúvida, abalar profundamente o funcionamento emocional dos pais e familiares das crianças portadoras. É impossível permanecer indiferente ou cientificamente neutro, daí não se formar uma opinião ou parecer único perante o autismo. Eles simplesmente “incomodam, confundem, doem e intrigam” os profissionais. Os pais vivenciam esses filhos não só como tragédia, mas como se o filho fosse objeto, sem calor humano. “Não me quer, não me procura”, dizem os pais.
Sei que a minha opinião pessoal terá, sozinha, pouco valor científico ou estatístico, mas de todas as doenças com que me deparei enquanto fazia pediatria, por mais enigmática que fosse, nenhuma me desconcertou mais do que o autismo. Perante ele qualquer pessoa fica perplexa e se sente impotente.

Veja mais em : http://www.autismo.com.br/
(*) DR. CHRISTIAN GAUDERER
Especialista em Pediatria pelo American Board of Pediatrics (Univ. Tennessee)
Especialista em Psiquiatria pelo American Board of Psychiatry (Clínica Mayo)
Especialista em Psiquiatria Infantil e do Adolescente pelo American Board of Child Psychiatry (Univ. Harvard)
Diretor da Equipe Diagnóstica & Terapêutica Gauderer (Rio de Janeiro)

ÁGUA – o desafio do século 21

As mais bonitas imagens da Terra, aquelas que são agradáveis aos olhos, à imaginação, as que são um convite ao relaxamento, sempre têm a água em sua composição: as ondas do mar, as cachoeiras, um riacho cristalino, a neve sobre as montanhas, os lagos espelhados, a chuva caindo sobre as plantas, o orvalho...
A ciência tem demonstrado que a vida se originou na água e que ela constitui a matéria predominante nos organismos vivos. É impossível imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar; para a higiene pessoal e do lugar onde vivemos; para uso industrial; para irrigação das plantações; para geração de energia; e para navegação.
A água é um elemento essencial à vida. Mas, a água potável não estará disponível infinitamente. Ela é um recurso limitado. Parece inacreditável, já que existe tanta água no planeta!


1 - Quantidade e Qualidade da água

A água ocupa 70% da superfície da Terra. A maior parte, 97%, é salgada. Apenas 3% do total é água doce e, desses, 0,01% vai para os rios, ficando disponível para uso. O restante está em geleiras, icebergs e em subsolos muito profundos. Ou seja, o que pode ser potencialmente consumido é uma pequena fração.
Há muita coisa a saber a respeito da água. Ela está presente nos menores movimentos do nosso corpo, como no piscar de olhos. Afinal, somos compostos basicamente de água.
Esse líquido precioso está nas células, nos vasos sangüíneos e nos tecidos de sustentação. Nossas funções orgânicas necessitam da água para o seu bom funcionamento. Em média, um homem tem aproximadamente 47 litros de água em seu corpo. Diariamente, ele deve repor cerca de 2 litros e meio. Todo o nosso corpo depende da água, por isso, é preciso haver equilíbrio entre a água que perdemos e a água que repomos.
Quando o corpo perde líquido, aumenta a concentração de sódio que se encontra dissolvido na água. Ao perceber esse aumento, o cérebro coordena a produção de hormônios que provocam a sede. Se não beber água, o ser humano entra em processo de desidratação e pode morrer de sede em cerca de dois dias.

Quando não tratada, a água é um importante veículo de transmissão de doenças, principalmente as do aparelho intestinal, como a cólera, a amebíase e a disenteria bacilar, além da esquistossomose.
Essas são as mais comuns. Mas existem outras, como a febre tifóide, as cáries dentárias, a hepatite infecciosa.
"O consumo de uma água saudável é fundamental à manutenção de um bom estado de saúde. Existem estimativas da Organização Mundial de Saúde de que cerca de 5 milhões de crianças morrem todos os anos por diarréia, e estas crianças habitam de modo geral os países do Terceiro Mundo.
Deve-se tomar muito cuidado porque a contaminação dessa água nem sempre é visível. A água de poço e a água de bica devem ser usadas com um cuidado muito especial, porque muitas vezes estão contaminadas por microrganismos que não são visíveis a olho nu. Mesmo com a água tratada deve-se ter alguma cautela, porque muitas vezes há contaminação na sua utilização: recipientes que são utilizados com falta de higiene, mãos que não são suficientemente bem lavadas...
Todos esses fatores podem estar interferindo num caso de diarréia. Muitas outras doenças importantes também podem ser causadas pela água contaminada".
A água também se encontra ameaçada pela poluição, pela contaminação e pelas alterações climáticas que o ser humano vem provocando. Além do perigo que representa para a saúde e bem-estar do homem, a degradação ambiental é apontada pela Organização Mundial de Saúde como uma importante ameaça ao desenvolvimento econômico. Em geral, uma pessoa só toma consciência da importância da água quando ela lhe falta...


2- Enchentes

Enchente não é, necessariamente, sinônimo de catástrofe. É apenas um fenômeno natural dos regimes dos rios. Não existe rio sem enchente. Por outro lado, todo e qualquer rio tem sua área natural de inundação. As inundações passam a ser um problema para o homem quando ele deixa de respeitar esses limites naturais dos rios. Por exemplo, quando remove as várzeas e quando se instala junto às margens. Ou então quando altera o ambiente de modo a modificar a magnitude e o regime das enchentes, quando desmata, remove a vegetação e impermeabiliza o solo.

"As alterações que o homem provoca na bacia hidrográfica, alterando suas características físicas, também aumentam o prejuízo dessas enchentes.
A mais importante, é quando ele suprime a cobertura vegetal e introduz obras com características de impermeabilização do solo, como construção de casas, telhados, pavimentação de ruas, quintais etc.
Perdemos a capacidade de retenção da água através da vegetação e perdemos também a capacidade de infiltração dessa água no solo. Por conseguinte, os volumes de água que chegarão nos rios serão sempre maiores. E, portanto, os prejuízos das inundações também serão maiores.


3- A Água no Mundo

A água tem se tornado um elemento de disputa entre nações. Um relatório do Banco Mundial, datado de 1995, alerta para o fato de que "as guerras do próximo século serão por causa de água, não por causa do petróleo ou política".
Em 30 anos, o número de pessoas saltará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quantidade de água disponível por pessoa em países do Oriente Médio e do norte da África estará reduzida em 80 por cento. A projeção que se faz é que, nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a terra, em sua maioria concentradas nas grandes cidades. Daí, será necessário produzir mais comida e mais energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Essas perspectivas fazem crescer o risco de guerras, porque a questão das águas torna-se internacional.
Em 1967, um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a ameaça, por parte dos árabes, de desviar o fluxo do rio Jordão, cuja nascente fica nas montanhas no sul do Líbano. O rio Jordão e seus afluentes fornecem 60 por cento da água necessária à Jordânia. A Síria também depende desse rio.
Um levantamento da ONU aponta duas sugestões básicas para diminuir a escassez de água: aumentar a sua disponibilidade e utilizá-la mais eficazmente. Para aumentar a disponibilidade, uma das alternativas seria o aproveitamento das geleiras; a outra seria a dessalinização da água do mar.
Esses processos são muito caros e tornam-se inviáveis para a maioria dos países que sofrem com a escassez. É possível, ainda, intensificar o uso dos estoques subterrâneos profundos, o que implica utilizar tecnologias de alto custo e o rebaixamento do lençol freático.


4- A Água no Brasil

O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional.

As maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. E há ainda o Nordeste, onde a falta d'água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nessas cidades.
Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento.
Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino. E nas grandes cidades esse comprometimento da qualidade é causado principalmente por despejos domésticos e industriais.

"Se a bacia é ocupada por florestas nas condições naturais, essa água vai ter uma boa qualidade porque vai receber apenas folhas, alguns resíduos de decomposição de vegetais, uma condição perfeitamente natural. Mas, se essa bacia começar a ser utilizada para a construção de casas, para implantação de indústrias, para plantações, então a água começará a receber outras substâncias além daquelas naturais, como, por exemplo o esgoto das casas e os resíduos tóxicos das indústrias e das substâncias químicas aplicadas nas plantações. Isso vai contribuir para que a água vá piorando de qualidade. Por isso ela deve ser protegida na fonte, na bacia. Essa água, depois, vai ser submetida a um tratamento para ser usada pela população. Mas, mesmo a estação de tratamento tem suas limitações. Ela retira com facilidade os produtos de uma floresta, de uma condição natural. Mas esgotos pioram muito, e a presença de substâncias tóxicas vai tornando esse tratamento cada vez mais caro. Acima de um certo limite, o tratamento nem mais é possível, porque existe uma limitação para a capacidade depuradora de uma estação de tratamento. Então, a água se torna totalmente imprestável".

Esses problemas atingem também os principais rios e represas das cidades brasileiras, onde hoje vivem 75% da população.
Em Porto Alegre, o rio Guaíba está comprometido pelo lançamento de resíduos domésticos e industriais, além de sofrer as conseqüências do uso inadequado de agrotóxicos e fertilizantes.
Brasília, além de enfrentar a escassez de água, tem problemas com a poluição do lago Paranoá.
A ocupação urbana das áreas de mananciais do Alto Iguaçu compromete a qualidade das águas para abastecimento de Curitiba.
O rio Paraíba do Sul, além de abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro, é manancial de outras importantes cidades de São Paulo e Minas Gerais, onde são graves os problemas devido ao garimpo, à erosão, aos desmatamentos e aos esgotos.
Belo Horizonte já perdeu um manancial para abastecimento - a lagoa da Pampulha - que precisou ser substituído pelos rios Serra Azul e Manso, mais distantes do centro de consumo. Também no rio Doce, que atravessa os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a extração de ouro, o desmatamento e o mau uso do solo agrícola provocam prejuízos enormes à qualidade de suas águas.
O Estado de São Paulo sofre com a escassez de água e com problemas decorrentes de poluição em diversas regiões: no Alto Tietê junto à região metropolitana; no rio Turvo; no rio Sorocaba, entre outros.

"Em seu processo de crescimento, a cidade foi invadindo os mananciais que outrora eram isolados , estavam distantes da ocupação urbana. E também é muito importante frisar que toda ação que ocorre numa bacia hidrográfica vai afetar a qualidade da água desse manancial. Não é simplesmente a ação em torno do espelho d'água que faz com que você degrade mais ou menos.
Muito pelo contrário: pode ocorrer o surgimento de uma área industrial distante desse espelho d'água principal, mas com grande capacidade de poluição e, portanto, com possibilidade de degradar totalmente esse manancial.

Os corpos d'água são entes vivos. Eles conseguem se recuperar, mas possuem um limite. Portanto, é muito importante que a população esteja consciente de que é preciso disciplinar todo tipo de uso e ocupação do solo das bacias hidrográficas, principalmente das bacias cujos cursos d'água formam os mananciais que abastecem a população".


5- A Água e seu Consumo

A proteção dos mananciais que ainda estão conservados e a recuperação daqueles que já estão prejudicados são modos de conservar a água que ainda temos. Mas isso apenas não basta. É preciso fazer muito mais para alcançarmos esse objetivo de modo que o uso se torne cada vez mais eficaz.

Mas, o que fazer? Qual o papel de cada cidadão? Cada um de nós deve usar a água com mais economia.
Na agricultura, por exemplo, o desperdício de água é muito grande. Apenas 40% da água desviada é efetivamente utilizada na irrigação. Os outros 60 por cento são desperdiçados, porque se aplica água em excesso, se aplica fora do período de necessidade da planta, em horários de maior evaporação do dia, pelo uso de técnicas de irrigação inadequadas ou, ainda, pela falta de manutenção nesses sistemas de irrigação.

Na indústria é possível desenvolver formas mais econômicas de utilização da água através da recirculação ou reuso, que significa usar a água mais do que uma vez. Por exemplo, na refrigeração de equipamentos, na limpeza das instalações etc. Essa água reciclada pode ser usada na produção primária de metal, nos curtumes, nas indústrias têxteis, químicas e de papel.

Nos sistemas de abastecimento de água uma quantidade significativa da água tratada - 15 % ou mais - é perdida devido a vazamentos nas canalizações, assim como dentro de nossas casas.
É fácil observar como a população colabora na conservação da água em cidades que têm problemas de abastecimento ou onde existe pouca água. Ou, ainda, onde a água é cara. Nessas cidades, as pessoas costumam usar a mesma água para diferentes finalidades. Por exemplo, a água usada para lavar roupa é depois usada para lavar quintal. As pessoas ainda mudam seus hábitos para usar a água na hora em que ela está disponível; evitam vazamentos; só regam jardins e plantas na parte da manhã ou no final da tarde; lavam seus carros apenas eventualmente; não lavam calçadas, apenas varrem; não instalam válvulas de descarga nos vasos sanitários e sim caixas de descarga, que são mais econômicas e produzem o mesmo resultado e conforto.

O crescente agravamento da falta de água tem levado as pessoas a estabelecer uma nova forma de pensar e agir, inclusive mudando seus hábitos, usos e costumes. Essa forma de pensar e agir visa o crescimento econômico respeitando a capacidade dos recursos do meio ambiente, sobretudo a água.

A conscientização e a educação do povo, do consumidor, são fundamentais.

Racionalizar o uso da água não siginifica ficar sem ela periodicamente. Significa usá-la sem desperdício, considerá-la uma prioridade social e ambiental, para que a água tratada, saudável, nunca falte em nossas torneiras.

Limão e sol não combinam

Inês Portugal

É preciso tomar muito cuidado ao manusear algumas frutas e verduras, principalmente ao ar livre e durante a estação das altas temperaturas e do sol intenso.

O contato com plantas que produzem substância fotossensibilizantes pode ocasionar manchas escuras e queimaduras. "É a fitofotomelanose que ocorre quando essas substâncias entram em contato com a da luz solar provocando a liberação de energia e, como conseqüência, dano às células da superfície cutânea", explicou o dermatologista Hiran Larangeira.

Trabalho pioneiro desenvolvido no Mestrado em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), em conjunto com o Biotério da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) apresentou resultados surpreendentes. Pouquíssimo tempo de exposição - dois minutos e meio - ao sol é suficiente para desencadear as lesões. Não adianta passar filtro solar potente. "Diminui a reação, porém não a evita", salientou. Foram testados dois tipos de limão: o taiti e o siciliano. Ambos provocaram a reação.

Apesar do estudo não ter avaliado a ação de outras frutas cítricas ou vegetais, o dermatologista faz um alerta à população. "As plantas podem causar as mais diversas lesões nas pessoas, desde ferimentos por dano mecânico como com espinhos à reações alérgicas como a aroeira, até a dita queimadura por limão. O aipo, a erva-doce, a salsa, o figo, a granola e a mostarda também têm esse efeito", avisou. O psoralenos - agente ativo comum a todas essas plantas - é o responsável pela fitofotodermatite.

NÚMEROS - Na cidade de Pelotas ocorrem em média 50 casos de alergia a cada verão. Na maioria das vezes o limão taiti, amplamante utilizado como guarnição e em aperitivos, é o grande vilão. "Há ainda casos em que o paciente atingido afirma ter manipulado a fruta na véspera da exposição solar".

BOLHAS - Refrigerantes e perfumes também podem causar reações alérgicas que se caracterizam pelo surgimento de manchas escuras nas áreas afetadas. O formato das manchas depende da exposição da pele às substâncias. As áreas mais comuns são o dorso das mãos, colo e lábios. Reações mais intensas podem dar origem ao surgimento de manchas avermelhadas e até mesmo bolhas.

COMO EVITAR - Evite fazer ou beber limonadas, sucos de frutas, caipirinhas e se expor ao sol. Mesmo lavando as áreas atingidas a pele pode manchar. Portanto, deve-se ter extremo cuidado ao manipular limões, principalmente ao ar livre, pois pequenas exposições ao sol já provocam lesões e filtros solares não as impedem. Evite colocar perfumes antes de ir à praia e bronzeadores caseiros à base de frutas não devem ser utilizados.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Fábula dos porcos assados.

Extraída do livro “Chutando o pau da barraca” de Marcos Paulo Góes

“Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes, os amimais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava a todos, porque, se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes – milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se preocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar, Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, tanto mais parecia falhar e tanto maiores eram as perdas causadas.

Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas, Já era um clamor geral a necessidade de reformas. Congressos, seminários, conferências passaram a ser realizadas anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se os congressos, seminários, conferências.

As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas...

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar – na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo, Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado; indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo – incendiadores que era também especializados ( incendiadores da zona norte, da zona oeste, etc., incendiadores noturnos e diurnos com especialização em matutino e vespertino, incendiadores de verão, de inverno, etc.). Havia especialistas também em ventos – os anemotécnicos. Havia um Diretor Geral de Assamento e Alimentação Assada, um Diretor de Técnicas Ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um Administrador Geral de Reflorestamento, uma Comissão Nacional de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias (ISCUTA) e o Bureau Orientador de Reforma Igneooperativa.

Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com a s mais recentes técnicas de implantação – utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais do que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente, etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno.

Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos; fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construções de instalações de porcos, etc.

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingido depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus, posicionar ventiladores gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar o fogo, etc. Não é preciso dizer que poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.

Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno matutino, com bacharelado em verão chuvosos), chamado João Bom Senso, resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido: bastava, primeiramente, matar os porcos escolhidos, limpando e cortando adequadamente os animais, colocando-os então sobre uma armação metálica sobre brasas até que o efeito calor, e não as chamas, assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o Diretor Geral de Assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe:

- Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento doas acendedores de diversas especialidades?
- Não sei - disse João.
- E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadoras automáticas de ar?
- Não sei – disse João.
- E os bacharéis em construção das fundações para contenção de porcos que levaram anos especializando-se no exterior, cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Hein?
- Não sei – repetiu João, encabulado.
- O senhor percebe agora que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê, que, se tudo fosse tão simples, nossos especilaistas já teriam encontrado a solução há muito mais tempo atrás? O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que éque o senhor espera que eu faça com os quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me!
- Não sei , não senhor.
- Diga-me, nossos engenheiros de Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?
- Sim, parece que sim.
- Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que o nosso SISTEMA é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país?
- Não sei.
- Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos – por exemplo, como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência), como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o SISTEMA, e não reformá-lo radicalmente, o senhor entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!
- Realmente, eu estou perplexo! Respondeu João.
- Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia por aí dizendo que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia – isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?

João Bom Senso, coitado, não falou mais um “A”. Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado, com sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reunião de reformas e melhoramentos que falta o Bom Senso”.

Doutor, labirintite tem cura?

Dra. Roseli Saraiva Moreira Bittar e Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento
Fundação Otorrinolaringologia
http://www.forl.org.br/contato.asp

O que é labirintite?

"Labirintite" é um termo popular, usado geralmente para designar distúrbios relacionados ao nosso equilíbrio e audição. Sendo assim, uma "labirintite" pode significar tontura, vertigens, zumbido, desequilíbrio e varias outras formas de mal estar. Na verdade, o termo correto a ser usado é "labirintopatia", que significa "doença do labirinto".
Nosso ouvido possui dois componentes distintos: a cóclea (ou caracol), que é responsável pela nossa audição e o vestíbulo, que é responsável pelo nosso equilíbrio. Juntos, cóclea e vestíbulo formam o labirinto. O comprometimento desses componetes, individual ou separadamente, vai provocar sintomas como tonturas, desequilíbrio, surdez ou zumbido.
Esses sintomas aparecem porque nosso cérebro recebe informações erradas a respeito da nossa posição no espaço, geradas pelo labirinto doente, e como resultado, temos uma "alucinação de movimento". Essa alucinação pode sugerir que estamos rodando (vertigem), caindo (desequilíbrio), sendo empurrados (desvio de marcha), flutuando (falta de firmeza nos passos) ou ouvindo assobios, motores, etc.(zumbido).
Quais são as causas das doenças do labirinto?
São várias as causas das doenças labirínticas. As vezes tonturas e vertigens podem significar o primeiro sinal de alguma doença importante. Nosso ouvido é um consumidor voraz de energia e depende de suprimento constante de açúcar e oxigênio. Qualquer fator que impeça a chegada ou o consumo adequado desses elementos, é gerador de tontura. O exemplo mais clássico disso é a tontura que acontece após ficarmos muito tempo em jejum.
Entre as inúmeras causas de problemas labirínticos podemos citar:
· doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão, reumatismos, etc.
· utilização de drogas que chamamos ototóxicas, como alguns antibióticos e antiinflamatórios que alteram as funções do ouvido.
· alterações bruscas da pressão barométrica, como no mergulho e nos aviões.
· infecções por vírus ou bactérias.
· alterações do metabolismo orgânico.
· doenças próprias do ouvido.
· hábitos, como o excesso de cafeína, tabagismo, álcool ou drogas.
· aterosclerose.
· traumas sonoros.
· problemas de coluna cervical e articulação da mandíbula.
· stress e problemas psicológicos..
· Traumatimos na cabeça.
As crianças podem ter problemas do labirinto?
Sim. Embora todas as causas referidas anteriormente sejam mais freqüentes no adulto, podem ocorrer também na criança.
Você deve consultar um médico otorrinolaringologista, especialista em doenças do labirinto, se o seu filho apresenta dificuldade em participar das brincadeiras que outras crianças da mesma idade realizam com facilidade. A criança com problemas de equilíbrio têm dificuldade para andar de bicicleta, pular amarelinha, pular elástico e qualquer brincadeira que precise de um controle postural mais elaborado.
Dificilmente a criança se queixa de tontura. Geralmente é a mãe que observa as alterações de comportamento, o isolamento da criança dos amiguinhos, dificuldade escolar, embora sua inteligência seja normal.
Como é feito o tratamento das labirintopatias?
O tratamento pode ser dividido em três fases:
· Tratamento dos sintomas.
· Tratamento da causa
· Reabilitação do labirinto.
1. Tratamento dos sintomas
A primeira parte do tratamento consiste em aliviar o sintoma: a tontura.
Para isso, são utilizados medicamentos sedativos bem como repouso quando necessário.
Os medicamentos hoje disponíveis podem ser agrupados em moduladores de fluxo sangüíneo, vasodilatadores, bloqueadores de canais de cálcio, anticonvulsivantes, antidepressivos, etc. Cada uma dessas drogas tem local diferente de atuação, bem como diferentes indicações. Uma droga que funciona muito bem no jovem, pode ser contraindicada no idoso e assim por diante. Nenhum desses medicamentos é isento de efeitos colaterais, portanto não aceite medicação de leigos, procure o seu médico otorrinolaringologista.
O tempo de tratamento vai depender da causa da doença e da sensibilidade individual do paciente.
2. Tratamento da causa
O tratamento da causa é aquele que investiga e trata o problema que gerou a doença do labirinto. O tratamento sintomático produz alívio dos sintomas, mas eles podem voltar se sua etiologia não for tratada.
O tratamento etiológico está baseado na investigação dos fatores de risco, que são os problemas metabólicos, infecciosos, reumáticos e anatômicos. Depois de um interrogatório clínico, onde o médico procura encontrar possíveis causas do problema, poderão ser feitos exames para obter alterações que levem ao sintoma de vertigem ou tontura. Os exames complementares são de audição e equilíbrio, de sangue e radiológicos.
Após confirmação do diagnóstico o médico inicia o tratamento, que pode ser feito pelo otorrinolaringologista ou outro especialista, de acôrdo com o problema apresentado.
3. Reabilitação do labirinto
A reabilitação é o tratamento fisioterápico da tontura, que pode ser utilizado com ou sem uso de medicamentos.
Quando a etiologia da tontura é de difícil controle, como no caso da aterosclerose no idoso, a reabilitação é o tratamento de escolha, apresentando bons resultados em 80% dos casos.
A reabilitação hoje, é considerada a melhor opção no tratamento das labirintopatias em que exista sua indicação. Além de apresentar ótimos reultados, não necessita aparelhos especiais, é de fácil realização e pode ser feita em casa.
Eu posso prevenir o aparecimento das labirintites ou melhorar seus sintomas?
Certamente! O melhor conselho que você pode receber é: TENHA UMA VIDA SAUDÁVEL! Observe alguns aspectos em sua vida e veja de que forma voce pode se ajudar:
1. Evite os maus hábitos. Conforme já vimos, o cigarro, o álcool e o excesso de cafeína podem influenciar negativamente na tontura e no zumbido.
1. Faça exercícios físicos. Está científicamente provado que o exercício bem indicado melhora os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, diminui o risco de doenças cardíacas, previne a obesidade e fortalece a musculatura. Voce evita problemas metabólicos e portanto a tontura. A caminhada é a melhor opção.
1. Fracione a sua dieta. Procure alimentar-se a cada três horas, evitando grandes quantidades de comida. O excesso de sal e açúcar não são recomendados. Abuse das frutas, legumes, leite e verduras.
1. Tome muito líquido. São recomendados dois litros de água por dia. A maior filtração renal elimina as toxinas acumuladas pelo organismo.
1. RELAXE. O stress piora qualquer condição orgânica, inclusive a tontura. Procure ter alguns momentos reservados para o seu lazer.
Finalmente, a tontura tem cura?
Se a pergunta for reformulada para: É possível viver sem tontura? A resposta é sim.
Como já comentamos, mesmo que a doença seja de difícil controle, ainda assim é possível viver sem tontura. Com o tratamento adequado o médico especialista (otorrinolaringologista) tem condições de melhorar muito seus sintomas, obtendo a cura clínica da doença.