quarta-feira, 16 de março de 2011

Saúde - Atendimentos gratuitos

A CASA DE FRANCISCO DE ASSIS, à Rua Alice 308 - Laranjeiras, Tels: 2265-9499 e 2557-0100, http://www.casadefranciscodeassis.org.br/  e e-mail: cfassis@uol.com.br  mantém diversos médicos com as especialidades abaixo, que atendem com hora marcada pessoas com renda comprovada de até 3 (três) salários mínimos, ao custo de R$10,00 a R$15,00. Para aqueles que não possam pagar os valores citados anteriormente, será feita uma avaliação com a Assistente Social para ser concedida gratuidade:

- Homeopatia (Crianças) - Cromoterapia
- Pediatria e Otorrinolaringologia - Psicologia Infantil
- Pediatria - Fonoaudióloga (CRECHE)
- Psiquiatria - Nutricionista
- Psicologia - Odontologia - Crianças e Adultos
- Cardiologia - Ginecologia
- Fisioterapia - Serviço Social
- Jurídico

LIGAR HORÁRIO COMERCIAL E FALAR/AGENDAR C/CARMEN
Atendimento gratuito

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A Clínica de Enfermagem Arte do Cuidado, da UniverCidade, presta atendimento gratuito e está agendando para preventivo ginecológico.
Qualquer mulher interessada deve ligar para os seguintes números:

2219-8100/ 2233-8389 ramais 225/226.
· Endereço: Av. Presidente Vargas, nº 2700. Praça XI, ao lado do prédio do Metrô, Rio de Janeiro .
· Funcionamento: de segunda à sexta das 08h00min às 11h00min e de 19h00min às 22h00min, aos sábados de 08:00h às 11:00h.

Também são realizados EXAMES LABORATORIAIS, tudo gratuito.

AUDIOTECA SAL E LUZ

AUDIOTECA SAL E LUZ

São áudios de 2.700 livros que podem ser enviados a pessoas com deficiência visual

Divulgue, por favor!

Eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!!

Procure o site

http://www.audioteca.org.br/catalogo.htm e veja os nomes dos livros falados disponiveis.

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos,que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que seria isto?

São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral.

São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

E agora, você está se perguntando: O que eu tenho a ver com isso?

É simples. Nos ajude divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho.

DIVULGUE!

Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ.

Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos, Divulguem!

Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz
Rua Primeiro de Março, 125- 7. Andar
Centro- RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007 (21) 2233-8007 (21) 2233-8007 (21) 2233-8007 
Horário de atendimento: 08 às 16 horas

quinta-feira, 10 de março de 2011

Eu sou o palhaço!!!

Autor: Nailor Marques Jr (*)

Diz uma história que numa cidade apareceu um circo, e que entre seus artistas havia um palhaço com o poder de divertir, sem medida, todas as pessoas da platéia e o riso era tão bom, tão profundo e natural que se tornou terapêutico. Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas eram indicados pelo médico do lugar para que assistissem ao tal artista que possuía o dom de eliminar angústias.

Um dia porém um morador desconhecido, tomado de profunda depressão, procurou o doutor. O médico então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza. O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos e sentenciou: “não posso procurar o circo... aí está o meu problema: eu sou o palhaço”.

Como professor vejo que, às vezes, sou esse palhaço, alguém que trabalhou para construir os outros e não vê resultado muito claro daquilo que faz. Tenho a impressão que ensino no vazio, porque depois de formados meus ex-alunos parecem que se acostumam rapidamente com aquele mundo de iniqüidades que combatíamos juntos.

Parece que quando meus meninos e minhas meninas caem no mercado de trabalho a única coisa que importa é quanto cada um vai lucrar, não importando quem vai pagar essa conta e nem se alguém vai ser lesado nesse processo.

Isso vem me assustando cada vez mais, desde que repreendi, numa conversa com alunos, o comportamento do cantor Zeca Pagodinho, no episódio da guerra das cervejas e quase todos disseram que o cantor estava certo, pois tontos foram os que confiaram nele. “O importante, professor, é que o cara embolsou milhões”, disse-me um; outro: “daqui a pouco ninguém lembra mais, no Brasil é assim, e ele vai continuar sendo o Zeca, só que um pouco mais rico”, todos se entreolharam e riram.

A pergunta é: “É possível, pela lógica, que todo mundo ganhe? Para alguém ganhar é óbvio que alguém tem de perder.” A lógica é guardar o troco a mais recebido no caixa do supermercado; é enrolar a aula fingindo que a matéria está sendo dada; é fingir que a apostila está aberta na matéria dada, mas usá-la como apoio enquanto se joga forca, batalha naval ou jogo da velha; é cortar a fila do cinema ou da entrada do show; é dizer que leu o livro, quando ficou só no resumo; é marcar só o gabarito na prova em branco, copiado do vizinho, alegando que fez as contas de cabeça; é comprar na feira uma dúzia de quinze laranjas; é bater num carro parado e sair rápido antes que alguém perceba; é brigar para baixar o preço mínimo das refeições nos restaurantes universitários, para sobrar mais dinheiro para a cerveja da tarde; é arrancar as páginas ou escrever nos livros das bibliotecas públicas; é arrancar placas de trânsito e colocá-las de enfeite no quarto; é trocar o voto por benefícios; é fraudar propaganda política mostrando realizações que nunca foram feitas.

É a lógica da perpetuação da burrice. Quando um país perde, todo mundo perde. E não adianta pensar que logo bateremos no fundo do poço, porque o poço não tem fundo. Parafraseando Schopenhauer: “Não há nada tão desgraçado na vida da gente que ainda não possa ficar pior”. De nada adianta o conhecimento sem o caráter. Que nas escolas seja tão importante ensinar Literatura, Matemática ou História quanto decência, senso de coletividade, coleguismo e respeito por si e pelos outros.

Então, uma pirueta, duas piruetas, bravo! Bravo! E vamos todos rindo e afinando o coro do “se eu livrar a minha cara o resto que se dane”. Enquanto isso o Brasil de irmã Dulce, de Manuel Bandeira, do Betinho, de Clarice Lispector, de Chiquinha Gonzaga e de muitos outros heróis anônimos que diminuíram a dor desse país com a sua obra, levanta-se, caminha em silêncio até a porta, vira-se e diz: “Esse é o problema... eu sou o palhaço”.

(*) Prof. de Literatura Brasileira em Maringá - PR, palestrante e autor de vários livros.
www.atelierderedacao.com.br

Antidepressivo Natural: Erva de São João









Extraído do site: http://www.mulherdigital.com/

Depressão é uma doença que assola a vida de muitas pessoas. Quem já vivenciou essa situação ou acompanhou alguém mais próximo que teve sabe que depressão não é frescura. Pessoas com depressão precisam buscar ajuda de profissionais capacitados. Outros tratamentos como a fitoterapia (uso de ervas medicinais) podem auxiliar o tratamento da depressão. O que poucos sabem é que a erva de São João é uma plantinha poderosa contra a depressão.

* Eficácia da erva de São João

A eficácia da erva de São João foi comprovada por um estudo do Centro de Medicina Complementar de Munique que apontou que a erva tem efeito superior ao do placebo e similar aos medicamentos antidepressivos em depressões leves e moderadas (ver também Wheatley, 1997) Para depressões fortes, outros estudos mostraram que não foi mais eficiente que o placebo. Existe um pequeno texto que Tavares fez uma revisão interessante sobre estudos com essa planta medicinal (ver também a Psychiatrist).

* Cuidados

A utilização da erva de São João não deve ser feita sem orientação médica, especialmente em associação com outros medicamentos. As plantas medicinais funcionam como remédios e por isso não podem ser ingeridas arbitrariamente. Outra coisa importante: a erva de São João pode interagir com outros medicamentos, alterando a eficácia dos mesmos. Por isso, o médico sempre deve ser consultado sobre a ingestão desse tipo de planta. Há informações que essa erva pode diminuir a eficácia de anticoncepcionais, remédios de AIDS, dentre outros.
* Como fazer o chá de erva de São João?

Ingredientes: 1 colher (chá) de folhas secas de erva de São João e 500 ml de água filtrada.

Preparo: Leve ao fogo até começar a ferver. Desligue o fogo (antes de ferver), espere esfriar, coe e beba morno.

Utiliza-se, em geral, o topo florido da planta para fazer o chá.

* Quantidade recomendada do chá antidepressivo

Ingerir 3 xícaras de chá de erva de São João por dia.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Uma pescaria inesquecível.

Autor: James P. Lenfestey -  HISTÓRIAS PARA AQUECER O CORAÇÃO DOS PAIS; ed. Sextante)

http://www.youtube.com/watch?v=hP58YS4aJIw

Ele tinha onze anos e, cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.

O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada.O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:

Você tem que devolvê-lo, filho!

Mas, papai, reclamou o menino.

Vai aparecer outro, insistiu o pai.

Não tão grande quanto este, choramingou a criança.

O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável.

Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. E, naquele momento, o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande quanto aquele. Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe repetidamente todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado.

Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos vendo.

Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA.

A história valoriza não como se consegue ludibriar as regras, mas como, dentro delas, é possível fazer a coisa certa.

A boa educação é como uma moeda de ouro:

TEM VALOR EM TODA PARTE.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Nutrição infantil - a multimistura salvadora de vidas

Dra. Clara Terko Takaki Brandão (*)

Há mais de três décadas Clara Brandão criou um composto alimentar que revolucionou a nutrição infantil

A cena foi comovente. O vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar uma árvore em Brasília quando foi abordado por uma nissei de 65 anos e 1,60 m de altura. Era manhã da quinta-feira 6.


A mulher começou a mostrar fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperadas com uma farinha barata e acessível, batizada de 'multimistura'.
Alencar marejou os olhos. Pobre na infância no interior de Minas, o vice não conseguiu soltar uma palavra sequer. Apenas deu um longo e apertado abraço naquela mulher, a pediatra Clara Takaki Brandão. Foi ela quem criou a multimistura, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim.

Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou o trabalho da Pastoral da Criança, reduzindo as taxas de mortalidade infantil no País e ajudando o Brasil a cumprir as Metas do Milênio. E o que a pediatra foi pedir ao vicepresidente? Que não deixasse o governo tirar a multimistura da merenda das crianças. Mais do que isso, ela pediu que o composto fosse adotado oficialmente pelo governo. Clara já tinha feito o mesmo pedido ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão - mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros. 'O Temporão disse que não é obrigado a adotar a multimistura', lamenta Clara.

Há duas semanas a energia elétrica da sala de Clara dentro do prédio do Ministério da Saúde foi cortada. Hoje, ela trabalha no escuro. 'Já me avisaram que agora eu estou clandestina dentro do governo', ironiza a pediatra. Mas ela nem sempre viveu na escuridão. Prova disso é que, na semana passada, o governo comemorou a redução de 13% nos óbitos de crianças entre os anos de 1999 e 2004 - período em que a multimistura tinha se propagado para todo o País.

Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua multimistura para quase todos os municípios brasileiros, com a ajuda da Pastoral da Criança, reduto do PT. Os compostos da multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação à comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados. Sem contar a economia: 'Fica até 121% mais caro dar o lanche de marca', compara Clara.

Quando ela começou a distribuir a multimistura em Santarém, no Pará, 70% das crianças estavam subnutridas e os agricultores da região usavam o farelo de arroz como adubo para as plantas e como comida para engordar porco. Em 1984, o Unicef constatou aumento de 220% no padrão de crescimento dos subnutridos. Dessa época, Clara guarda o diário de Joice, uma garotinha de dois anos e três meses que não sorria, não andava, não falava. Com a multimistura, um mês depois Joice começou a sorrir e a bater palmas. Hoje, a multimistura é adotada por 15 países.

No Brasil só se transformou em política pública em Tocantins.

Clara acredita que enfrenta adversários poderosos . Segundo ela, no governo, a multimistura começou a ser excluída da merenda escolar para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé, e a farinha láctea, cujo mercado é dividido entre a Nestlé e a Procter & Gamble .

'É uma política genocida substituir a multimistura pela comida industrializada', ataca a pediatra. A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, reconhece que a multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil. 'A multimistura ajudou muito', diz. 'Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno.'

ISTO É' procurou as autoridades do Ministério da Saúde ao longo de toda a semana, mas nenhuma delas quis se pronunciar.

'O multimistura é um programa que não existe mais', limitou-se a informar a assessoria de imprensa.

(*) Quem é Clara Brandão?  http://www.multimistura.org.br/biografia.htm

Violência em sala de aula traumatiza crianças.

Autora: psiquiatra Sofia Bauer  (*)
O texto apresenta a visão da psiquiatra Sofia Bauer sobre o bullying e suas consequências no comportamento dos alunos que sofrem esse tipo de violência. Sofia é autora do livro Para entender o transtorno do pânico, pela WAK Editora.
 
"Nossas crianças estão sendo expostas a circunstâncias terríveis durante o período escolar, principalmente nas escolas públicas de regiões onde a criminalidade está cada vez maior.

Esses alunos são sobressaltados pelas ondas de tiroteio, pelas drogas e por não terem a proteção devida. Seus pais saem cedo para o trabalho, os professores mal dão conta dos afazeres da escola. Quem vai, então, protegê-las? E qual será o maior mal provocado nesses futuros adultos? Será que isso traumatiza a ponto de mudar o comportamento de uma criança?

A criança que vive sobressaltada acaba mudando de comportamento. Algumas, ainda por cima, vão sofrer bullying pelos coleguinhas. Vemos que vários comportamentos surgem nos últimos tempos. Mudança na sociedade? Sim! Mas o que fazer para proteger nossas crianças? Temos que tomar consciência de que temos violência nas ruas (como os tiroteios), as drogas são “empurradas” aos jovens e, dentro das escolas, existe o assédio agressivo de coleguinhas que praticam bullying (ridicularizar, fazer chacota dos outros colegas mais fracos). Os pais estão cada vez mais sem tempo para cuidar de seus filhos, as escolas cada vez mais expostas à frequente violência, que é praticada por jovens que se tornam bandidos dentro e fora das escolas. O que podemos esperar senão que os nossos pequenos se “escondam” da vida? Sim, é isso que acontece: as crianças ainda não estão preparadas para se defenderem dos perigos e, portanto, submetem-se a viver de forma disfarçada, sem ao menos saberem que estão fazendo exatamente isso!

Elas vão mudando o comportamento, tornando-se tímidas, com medo de ir às aulas, ou por que têm um coleguinha que as maltrata ou por que, no seu caminho até a escola, passam por tiroteios ou malandros que querem usá-las de alguma maneira. Começa uma série de mudanças comportamentais, como dores de barriga, gripes recorrentes, timidez, dificuldade de aprendizado, etc. Elas passam a não mais quererem frequentar a escola, preferem ficar escondidas em casa. O pânico pode se instalar e elas podem vir a sofrer de um mal necessário para se proteger. Esse é o perigo; estamos deixando que os pequenos se virem sozinhos!

Fica aqui um alerta geral às escolas e aos pais: cuidem bem de suas crianças, fiquem atentos às pequenas mudanças de comportamento, dores de cabeça, infecções recorrentes, timidez exagerada, ataques de ansiedade. Esses sinais sinalizam que algo não vai bem e podem ser percebidos por pais e educadores. Outra recomendação é o professor perguntar aos alunos o que se passa, do que eles estão com receio. Procurem mudar a forma de protegê-los, pois, se eles estão com estes sintomas, estão totalmente desprotegidos. Cabe aos educadores informar aos pais as mudanças percebidas. Cabe aos pais proteger seus filhos como uma onça protege a cria dos perigos da selva; eles ainda não estão formados e precisam de ajuda.

Essa criança que muda de comportamento ou tem ataques de pânico, fobias, dores, timidez, nervosismo, sudorese e preocupação constante precisa ser protegida, terapia e, às vezes, até mesmo de um psiquiatra. "

(*) A autora é formada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e hipnoterapeuta formada em Phoenix, AZ, pela Milton H. Erickson Foundation.
E-mail: sofiabauer@terra.com.br