quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Só a EDUCAÇÃO salva o BRASIL. (SR)


Autor: Sergio L. M. Rocha (*)

Existem várias maneiras de se fazer política, a minha por certo ainda não é o de praticá-la através do exercício de algum cargo eletivo.

Talvez no futuro, caso seja fundado um partido que só abrigue homens públicos de ilibada reputação, sérios, dignos, íntegros e comprometidos com ideais nacionalistas, sem no entanto se deixar cair na xenofobia, etc.

Um partido cuja prioridade número um seja a EDUCAÇÃO, num grande projeto de transformação da nossa sociedade, do ensino básico às Universidades.

Recentemente publiquei um pequeno texto com o título "Carência de homens públicos com dignidade" onde pergunto por que é que os poucos homens públicos íntegros e com dignidade que ainda resistem no Congresso, não fundam um PARTIDO, onde não se misturem aos indignos existentes nos seus atuais partidos.

A verdade é que algo precisa ser feito urgentemente antes que todas as laranjas boas sejam devoradas e somente as podres permaneçam.

Mas reconheço que este é um sonho ainda distante, infelizmente. Reconheço também a assustadora malha de corrupção e de conveniência de interesses pessoais que foi montada pelos grupos que tomaram de assalto o nosso país.

Algo comparável a metástase que acomete uma pessoa possuidora de um câncer de alta malignidade. Somente um procedimento mais agressivo, pode levar chance ao doente. É preciso extirpá-lo e tratá-lo convenientemente a fim de que não retorne.

A total ausência de líderes comprometidos com essa missão e a indolência de segmentos-chave onde se encontra a elite pensante e esclarecida do nosso país, impedem que isto aconteça.

Sinceramente, não vejo a menor chance disso acontecer a curto prazo, apesar de continuar contribuindo neste sentido.

É por isso que aposto todas as minhas fichas na EDUCAÇÃO séria, mas para isso seria preciso um grande comprometimento da sociedade, dita esclarecida e comprometida com ideais maiores.

Não faz muito tempo fiz um curso na Escola Superior de Guerra, na Urca, e confesso que sai de lá arrasado com a apatia reinante na maioria dos participantes daquele ciclo de estudos.

Ora, se uma massa pensante, que se diz esclarecida politicamente e se considera a elite dos diversos segmentos ali reunidos, não se sente capaz de se organizar e reagir, o que dirá dos outros.

A briga é feia amigo(a) e terá que envolver a mídia, as Universidades, os estudantes, os profissionais e seus Conselhos ou Ordens, por que Sindicatos, UNE, Igrejas, Movimentos sociais, etc, estão definitivamente comprometidos com o governo que tudo faz para aumentar a dependência da população desinteressada dos ideais maiores e assim se perpetuar no poder, mas tudo escudado convenientemente por uma eleição democrática, vide o que se passa na Venezuela.

Tudo falso, medíocre, demagógico e ditatorial.

Rezo para que as pessoas que mostram indignadas com tudo isso aumente a cada dia, quem sabe ainda terei tempo de comemorar esta vitória.

Se gostas do assunto, recomendo ler do professor Alberto Carlos de Almeida, o livro "A cabeça do Brasileiro" o da professora Livia Barbosa, "O jeitinho brasileiro" e o de Roberto DaMatta, "A casa e a Rua".

Estes três livros traçam de forma clara e evidente os diversos Brasis existentes, infelizmente, a maioria que elege os nossos legisladores e os nossos governantes, são analfabetos políticos, independente do nível de escolaridade, social e salarial.

Nos diz o professor Alberto em seu livro, que “a qualidade da democracia aumenta quando a população é mais escolarizada. Mais do que isso, a democracia só é possível em sociedades com níveis mais elevados de escolarização. Uma população formalmente mais educada resulta em mais desenvolvimento econômico e maior pluralismo.”

Para isso é necessário um esforço titânico para mudar a cabeça do brasileiro, pois há de se mexer na cultura já arraigada, e, o que é pior, diversificada, pois em cada região do país ela ganha contornos próprios.

Não há uniformidade no pensar, de princípios e de valores morais, por isso é muito difícil resolver a curto prazo e por apenas um governo.

Realmente este é um projeto que se poderia dizer verdadeiramente da soberania nacional, estratégico, perene e constitucional.

Alguém se habilita a fazer???




(*) Sergio L. M. Rocha é Administrador de empresas e consultor.

6 comentários:

Sergio Rocha disse...

Eva Oliveira
http://maisde50.uol.com.br/rede_blog_comentario.asp?usuario=402183&postagem=7421#postagemnova

"Belo texto Sergio! Pena que as laranjas que ainda se mantêm sadias, nada fazem para que o cesto não acabe, em breve, podre por completo. Enquanto forem negados, covardemente, os direitos básicos de cada cidadão (educação, saúde, alimentação, emprego), a indignidade seguirá faminta pelas ruas da nossa Pátria Mãe Gentil.
Grande abraço."

Sergio Rocha disse...

Amor Antigo (Ana Maria)
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"A educação aqui em terras tupiniquins é tratada como um pano velho a se por remendos. Fala-se em quotas, em Enem, em Vestibular,isso aquilo, até as faculdades são examinadas pelo ensino que administra, mas o principal os ministros, legisladores, a sociedade em geral não exergam e é simples, dar a devida importância para a educação. Nossos filhos quando chegam por cá e estão já um tanto crescidos vão para a escola, esta é a primeira responsabilidade deles, estudar. Sou professora formada, mas só exerci minha profissão por dois anos. Não dava para continuar. E até hoje é assim ... e a educação para todos os governos é tida em segundo plano, mal vista, mal investida, mal acabada. Outro dia estava indo para o Rio de Janeiro e escutei pela CBN, um relato sobre os cursos de engenharia. É muito assustador... do jeito que vai teremos que importar engenheiros. A educação básica no país é péssima. Noções de matemática, química, física, português são precárias. Como chegar a formar um engenheiro com este alicerce?"

Sergio Rocha disse...

Teca56 (Carmem)
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"Concordo que a educação é uma prioridade.
mas acho que ela vai além da escolaridade, se ancora na formação de caráter, no respeito aos valores e pelo outro. Na busca de uma sociedade mais humanizada, não apenas desenvolvida. O desenvolvimento é visto hoje, como ter melhores salários, o carro do ano, o celular último modelo.
Um abraço,"

Sergio Rocha disse...

Perola luzRN
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"amigo!!!gostei muito do seu ponto de vista quanto a educaçõ nesse pais...Pena q nossos governantes, tenham esse projeto bonitinho no papel....faço parte desse contexto, sendo educadora sinto cada dia mais só blá, blá e nada a fazer....bem q nós fazemos a nossa parte, no meio de muitas controversias... e falações... Não é toa q/ a nossa educaçõ, está num nivel a baixo do esperado....Não é por isso q devemos nos acomodarmos, vamos a luta por uma educaçõ de qualidade...onde se reconheça o pael importante de um professor..."

Sergio Rocha disse...

Loumag
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"Amigo isto é coisa pra leões!
Por favor poupe a Educação dessa "missão impossível" se assumida sozinha... É claro que a situação está insustentável para quem pensa uma sociedade justa.
Estamos discutindo os parametros para os próximos 10 anos da Educação, através do CONAE e os assuntos são recorrentes, ou seja, tenho muito receio de que, novamente, se reproduza o paradigma hegemônico.
Vejo que a Educação sozinha não pode mudar o rumo das coisas, mas, se articulada com base na justiça social, na aceitação das diferenças, com o propósito de construir uma prática que considere preparar nossos jovens para a convivência humana respeitosa, pode sim fazer a diferença.Para SER e não TER.
Mas estamos sob a ditadura do capitalismo selvagem cuja essência preconiza o TER e não o SER e, uma ideologia de educação que reflete o sistema e contamina todas as instituições sociais, então esta mudança que você tanto espera está mesmo na estratégia que a Ilza sinaliza e, assim sendo , vamos lá...
Abraço solidário."

Sergio Rocha disse...

Ilza Nascimento
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"Querido amigo,
De uma forma geral, a princípio, muitos se sentem encorajados a fazer algo, a lutar por algo, a discutir o que quer que seja. Porém tudo sempre acaba num marasmo total, na total falta de vontade de engajamento, ou, o que é ainda pior, no desinteresse. E se aparece um interessado, é imediatamente convencido a mudar de idéia, simplesmente porque aqui, as coisas não funcionam. Que pena... Que cada um se sinta com a força e a coragem não somente para reclamar, mas para começar a fazer algo que efetivamente venha a dar bons frutos para todos. E isso começa na vida de cada um, no pouquinho que consigo fazer e naquilo que acredito ser correto. Adorei o texto!
Um grande beijo."