sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Auto-estima....

Autora: Elisabeth Cavalcante 

"Para um grande número de seres humanos, o desenvolvimento de uma auto-estima sólida não vem facilmente. São, geralmente, pessoas que tiveram uma história de vida em que o incentivo às suas qualidades e a compreensão para com suas falhas e limitações, estiveram ausentes a maior parte do tempo.

Muitos pais acreditam, de fato, estar fazendo o melhor por seus filhos quando esperam deles um comportamento perfeito, isento de erros e acham que, deste modo, os estão preparando para enfrentar a competitividade do mundo e saírem vencedores, obtendo reconhecimento e destaque.

Ocorre que cada pessoa tem características únicas que precisam ser percebidas e respeitadas desde muito cedo, para que se evitem as comparações e, consequentemente, o desenvolvimento do sentimento de inadequação e inferioridade.

Acreditar que não possui qualidades suficientes para ser amado e aceito pelos outros é o pior sentimento que um ser humano pode experimentar. Esta crença, ao se tornar uma verdade, muitas vezes inconsciente, mina a auto-confiança e o impede de colocar-se diante do mundo com a certeza de quem tem algo de valioso a acrescentar.

Todos nós possuímos qualidades que podem fazer a diferença na vida de alguém, mas, antes disso, é preciso que as reconheçamos para nós e façamos a diferença em nossa própria vida.
Sem esta convicção, nos tornaremos escravos do medo e fugiremos de qualquer situação ou circunstância em que nossos talentos sejam postos a prova. Uma das manifestações mais comuns da insegurança, que atinge um grande número de pessoas, é o medo de dirigir.

Para aqueles que sofrem com esta incapacidade é como se, ao assumirem a direção de um automóvel, o mundo se tornasse um gigantesco palco no qual elas serão observados e, desaprovados, visto que não acreditam possuir o nível de qualidade que lhes será exigido.

Este sentimento- o medo do julgamento alheio - se repetirá indefinidamente, em qualquer situação em que se sintam testadas. Desfazer as crenças que minam nossa auto-estima é um trabalho árduo, que exige paciência e vontade.

Mas, aos poucos, o amor próprio acabará prevalecendo e, ainda que sejamos criticados e nem sempre aprovados pelo restante do mundo, nada será capaz de abalar nossa autoconfiança.

"... por séculos suas raízes foram cortadas, envenenadas. Você tem sido feito de medo de estar sempre apaixonado por si mesmo,. que é o primeiro passo do amor e a primeira experiência. Um homem que se ama, respeita a si próprio.

E um homem que ama a si mesmo e respeita a si próprio, respeita os outros também - porque ele sabe, "Assim como eu sou, são os outros. Assim como eu gosto de amor, respeito, dignidade, os outros também gostam. Ele se torna consciente de que não somos diferentes - na medida em que os princípios estão relacionados, nós somos um. Estamos sob a mesma lei: aes dhammo sanantano.

Buda diz: nós vivemos sob a mesma lei eterna. Nos detalhes, podemos ser um pouco diferentes entre nós - o que traz grande variedade, o que é belo. Mas, nas fundações, nós somos parte de uma só natureza.

O homem que ama a si mesmo desfruta tanto do amor, torna-se tão feliz, que o amor começa a transbordar, começa a alcançar os outros. Tem que alcançar! Se você vive o amor, você tem que compartilhá-lo. Você não pode seguir amando a si mesmo para sempre - porque uma coisa se tornará absolutamente clara para você: se amar uma pessoa, a si mesmo, é tão tremendamente extático e belo, quanto mais êxtase está esperando por você, se você começar a compartilhar seu amor com muitas pessoas!

Lentamente as ondas começam a alcançar cada vez mais longe. Você ama outras pessoas, então você começar a amar os animais, os pássaros, as árvores, as rochas. Você pode preencher o universo inteiro com seu amor. Uma pessoa só é suficiente para preencher todo o universo com amor, assim como um simples seixo pode encher todo o lago com ondulações - um pequeno seixo".

OSHO - O Dhammapada: The Way of the Buddha

2 comentários:

Ana Mendonça disse...

Esse desajuste emocional tem sido um fator muito forte em muitos desiquilíbios dos seres humanos nos dias de hoje. O modo de vida, a correria dos tempos levam a criação de seres que não desfrutaram de um carinho e admiração de si pela família, pela sociedade. São humanos tristes, acabrunhados, egoístas. É difícil superar e fortalecer a auto-estima. Eu mesma tenho-a oscilante. Foram tempos difíceis não de corpo, mais a alma ficou profundamente marcada, doída. Mas, procuro superar, com leituras, orações, reflexões para que a solidão não tome lugar.

Anônimo disse...

ovarios parauterinos com dimençoes normais e cotextura habitual,ambos contendo alguns pequenos folículos homogenios difusamente pelo tecido gonadal,com diametros 3 e 6 mm o que significa