Você sabia que a desnutrição pode ser o resultado de pouca alimentação ou alimentação excessiva?
Desnutrição A desnutrição pode ser o resultado de pouca alimentação ou alimentação excessiva. Ambas as condições são causadas por um desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de nutrientes essenciais.
Subnutrição A subnutrição é uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma dieta pobre; de uma absorção deficiente do intestino dos alimentos ingeridos (má absorção); do consumo anormalmente alto de nutrientes pelo corpo; ou da perda excessiva de nutrientes por processos como a diarréia, sangramento (hemorragia), insuficiência renal.
Hipernutrição A hipernutrição é um excesso de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de comer demais (ingestão excessiva); ou do uso excessivo de vitaminas ou outros suplementos. A desnutrição se desenvolve em fases: primeiro ocorrem alterações na concentração de nutrientes no sangue e nos tecidos, a seguir acontecem alterações nos níveis de enzimas, depois passa a ocorrer mal funcionamento de órgãos e tecidos do corpo e então surgem sintomas de doença e pode ocorrer a morte.
O corpo necessita de mais nutrientes durante certas fases da vida, especialmente na infância e adolescência; durante a gravidez; e enquanto a mãe está amamentando.
Na velhice as necessidades alimentares são menores, mas a capacidade de absorver os nutrientes também está freqüentemente reduzida. Assim, o risco de subnutrição é maior nestas etapas da vida, e ainda mais entre pessoas economicamente desprovidas.
Deficiências Nutricionais: Podem causar várias doenças. Por exemplo, hemorragia gastro-intestinal pode causar anemia por deficiência de ferro. Uma pessoa sendo tratada com altas doses de vitamina A para acne pode desenvolver dores de cabeça e visão dupla como resultado da concentração da vitamina A.
Qualquer sistema do corpo pode ser afetado por uma desordem nutricional.
Por exemplo, o sistema nervoso é afetado pela deficiência de niacina (pelagra), deficiência de tiamina ? vitamina B1 (beribéri), deficiência ou excesso de vitamina B6 (piridoxina), e deficiência de vitamina B12.
O paladar e o olfato são afetados pela deficiência de zinco.
O sistema cardiovascular é afetado pelo beribéri, pela obesidade, por uma dieta com muita gordura que leva à hipercolesterolemia e à doença coronariana, ou por uma dieta com excesso de sal que conduz à hipertensão.
O trato gastro-intestinal é afetado pela pelagra, deficiência de ácido fólico e alcoolismo.
A boca (lábios, língua, gengivas e membranas mucosas) é afetada pela deficiência de vitaminas do complexo B e pelo escorbuto (deficiência de vitamina C).
A deficiência de iodo pode resultar no aumento da glândula tireóide.
Uma tendência aumentada para sangramentos e sintomas cutâneos como erupções, secura e inchação por retenção de líquidos (edema) podem acontecer no escorbuto, deficiência de vitamina K, deficiência de vitamina A e no beribéri.
Os ossos e articulações são afetados pelo raquitismo (deficiência de vitamina D), osteoporose e escorbuto.
Fatores de Risco: As crianças formam uma faixa da população particularmente susceptível à subnutrição, pois elas precisam de uma maior quantidade de calorias e nutrientes para o seu crescimento e desenvolvimento. Elas também podem desenvolver deficiências de ferro, ácido fólico, vitamina C e cobre se receberem dietas inadequadas.
A ingestão insuficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes pode conduzir à desnutrição protéico-calórica, uma forma particularmente severa de subnutrição, que retarda o crescimento e o desenvolvimento.
Na medida em que as crianças chegam à adolescência, suas exigências nutricionais crescem devido ao aumento das suas taxas de crescimento.
As gestantes ou mães que amamentam têm uma necessidade aumentada de todos os nutrientes para prevenir a subnutrição nelas e no seu bebê.
O bebê de uma mãe alcoolista pode ser física e mentalmente prejudicado pela síndrome alcoólica fetal, pois o abuso de álcool e a subnutrição resultante afetam o desenvolvimento fetal.
Uma criança que é amamentada exclusivamente ao seio pode desenvolver deficiência de vitamina B12 se a mãe for uma vegetariana que não come nenhum produto de origem animal.
Pessoas Idosas podem ficar subnutridas por causa da solidão, incapacidades físicas e mentais, imobilidade ou doença crônica. Além disso, sua capacidade de absorver os nutrientes está reduzida, contribuindo para problemas como anemia por deficiência de ferro, osteoporose e oestomalácia.
O envelhecimento é acompanhado de uma perda progressiva da massa muscular, independentemente de doenças ou deficiência dietética. Essa perda responde pela redução que acontece no metabolismo, pela diminuição do peso corporal e pelo aumento da taxa de gordura do corpo de aproximadamente 20 a 30 por cento nos homens e 27 a 40 por cento em mulheres. Por causa dessas mudanças e uma redução na atividade física, as pessoas mais velhas necessitam menos calorias e menos proteínas do que as pessoas mais jovens.
Pessoas com alguma doença crônica que cause má absorção tendem a ter dificuldade em absorver vitaminas lipossolúveis (A, D, E, e K), vitamina B12, cálcio, e ferro.
As doenças do fígado prejudicam o armazenamento das vitaminas A e B12 e interferem com o metabolismo de proteínas e glicose.
Pessoas que têm doença renal, incluindo aquelas em diálise, são propensas a deficiência de proteínas, ferro, e vitamina D.
Vegetarianos tendem a viver mais e a desenvolver menos condições incapacitantes crônicas do que as pessoas que comem carne. Porém, a saúde melhor dessas pessoas também pode ser resultado da abstenção de álcool e tabaco e da tendência delas se exercitarem regularmente. Vegetarianos que não consomem nenhum produto animal estão em risco de desenvolverem deficiência de vitamina B12, além de ferro. A maioria dos vegetarianos não come carne, mas come ovos e laticínios. A deficiência de ferro é o único risco desse tipo de dieta.
Muitas dietas da moda afirmam aumentar o bem-estar ao reduzir o peso; porém, dietas altamente restritivas são nutricionalmente insalubres: essas dietas podem resultar em deficiências de vitaminas, minerais e proteínas; em doenças que afetam o coração, rins e o metabolismo e até mesmo em algumas mortes.
Dietas muito hipocalóricas (menos de 400 calorias por dia) não conseguem manter a saúde por muito tempo. Entre o extremo da inanição e a nutrição adequada, há vários graus de nutrição inadequada, como a desnutrição protéico-calórica, uma das principais causas de morte em crianças nos países em desenvolvimento. "
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