sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Indignação com o sistema eleitoral brasileiro


Autor: Sergio L.M. Rocha (*)


Quanta decepção!
Quando a coisa parece que vai melhorar, topamos com a notícia, de que o STF decidiu liberar a candidatura dos fichas-sujas em todo o país, sepultando assim a campanha de entidades civis e de juízes eleitorais pelo veto à candidatura de quem responde a processos.
Realmente é desanimador para todos nós que queremos ver e viver num país mais sério!
Chego a conclusão de que a doença maligna já se espalhou por todo o corpo e se torna muito difícil, salvar o paciente, independente dos remédios que se tenta aplicar e dos esforços de uns poucos médicos e cirurgiões.
Os vírus, as bactérias e os germes adquiriram o controle do corpo.
Nos resta apenas a esperança e o compromisso moral de continuar lutando contra tudo isso.
É certo de que a falta de escolaridade não determina o caráter de uma pessoa, mas infelizmente contribui para o desinteresse de uma grande parte desta população, senão a maioria, pela política e pelos problemas nacionais.

Com a dificuldade de conseguir emprego ou, se o conseguir, pela baixa remuneração destes, o eleitor com baixa escolaridade ou nenhuma, se torna uma presa fácil de candidatos que lhes oferecem dinheiro ou facilidades em troca de voto.

Daí o alerta as pessoas sérias deste país, particularmente a todas àquelas que atuam na Justiça, no Congresso Nacional e na Imprensa.

Se não houver mudanças drásticas e imediatas no sistema político brasileiro, que impeçam que indivíduos com ficha-suja, inqualificados, corruptos e representantes de marginais, se candidatem a ocupar posições no legislativo, em breve o Congresso reuniará um contingente tão grande destes individuos que as Leis deste país começarão a se modificar de tal forma que haverá uma completa inversão de valores.
Logo, o cidadão correto e honesto passará a ser o grande marginal e conforme disse Ruy Barbosa:

"Tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!

De tanto ver triunfar as nulidades,

de tanto ver prosperar a desonra,

de tanto ver crescer a injustiça,

de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,

o homem chega a desanimar da virtude,

a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".


"O maior legado de uma Nação a seus filhos é o cuidado com sua honra, com sua justiça e a honestidade com que conduz o seu Poder"


(*) Sergio L.M. Rocha é administrador de empresas e consultor.

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