terça-feira, 17 de junho de 2008

Em ano eleitoral, escolha bem os seus candidatos.

Extraído do Boletim Rede de Petrópolis

Escolha bem os seus candidatos, seja muito criterioso e exigente!

“Cresceu a distância entre as expectativas da maioria da população e a realidade política nacional em razão da maneira de agir dos que detêm o poder, tanto no executivo, quanto no legislativo. As denúncias de corrupção mostraram o conluio entre o público e o privado nas relações de poder e sustentação da representação parlamentar.
A onda neoliberal que invadiu na última década todas as decisões políticas e econômicas continua a ser, na prática, um poder independente. Por mais que se pressione o executivo, este permanece fiel a princípios ortodoxos internacionais que ditam as políticas dos países, deixando pouco espaço para planejamentos e decisões em favor do bem comum.
O que se espera num ano eleitoral, último reduto da democracia e participação popular, é um amplo debate e mobilização em torno de questões que realmente interessem ao povo. Por enquanto, infelizmente, tudo gira em torno de nomes e pesquisas. Pouco se discute sobre mudanças e propostas de um país mais justo e transparente.
A grande esperança é que surjam propostas afinadas com os objetivos das lutas sociais, comprometidas com os enormes desafios que ainda o país não conseguiu superar, tais como, a terra para quem nela trabalha, moradia digna, serviços públicos que garantam direitos universais e inalienáveis, meio ambiente preservado, educação pública de qualidade, saúde e segurança alimentar ao alcance de todos.
Em poucas palavras, a grande esperança é concretizar, começando pelo voto, um projeto de país livre, soberano e justo, abandonando-se o caminho perigoso de se buscar prioritariamente a satisfação dos interesses imediatos de uma sociedade de consumo.
A perspectiva de grandes mobilizações que resgatem a força dos movimentos sociais é o grande sonho de cada brasileira e de cada brasileiro de coração ansioso por mais humanidade, mais solidariedade e superação das violências estruturais e suas conseqüências.
A base de um novo Estado, democrático e transparente, exige o povo nas ruas. A dignidade desse povo é o critério maior da escolha de pessoas e indicação dos caminhos a serviço de um novo projeto de nação.
Em ano eleitoral, vale a pena voltar a apostar na superação de ideologias opressoras e da hegemonia do dinheiro.
Todos nós só temos a ganhar com a eleição de uma representação política capaz de lutar para vencer os desafios de um crescimento com justiça e humanidade.”

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